LeBron nunca sairá de Ohio

    Se leram o título e acompanharem, nem que seja apenas um bocadinho, a NBA, ficarão a perguntar-se onde é que o Bola na Rede vai buscar malta para escrever sobre a NBA que não sabe que o LeBron saiu para os Lakers. Depois de um dia já ter saído para os Heat. Não se preocupem, eu sei disso tudo. Porém, a verdade é que LeBron James nunca sairá do seu Estado-Natal. Não pelo título de 2016, algo que o tornou quase imortal em Ohio. Mas pelo que tornou possível para centenas de miúdos esta semana.

    LeBron James é um dos mais influentes atletas deste século (e quem sabe, de sempre), não apenas pelo seu trabalho no campo mas também por tudo o que faz fora dele. Desde muito cedo envolvido nos assuntos da sua comunidade em Akron, Ohio, de onde é natural, James conseguiu esta semana a sua maior vitória. Akron terá uma escola destinada aos mais necessitados e a jovens em risco, chamada “I Promise”. Porque mesmo do outro lado do país, James nunca esquecerá as suas origens.

    No início deste ano, uma jornalista da CNN dizia a LeBron para “se calar e driblar”, depois deste ter criticado Donald Trump. Mas ainda bem que isso não aconteceu. Porque James não é apenas um atleta. Como tantos outros colegas de profissão, é um pai, uma inspiração e alguém que chegou ao topo pelo caminho mais difícil. Seria fácil para LeBron guardar tudo para si, até porque, na verdade, tudo o que tem vem do seu trabalho. Mas, juntamente com a sua fundação, acabou de criar uma escola e continua a ser parte integrante e ativa da comunidade de Akron, Ohio. Mesmo se o seu correio for ter a Los Angeles.

    Uma das paredes do corredor principal da Escola “I Promise”, com várias sapatilhas de LeBron James
    Fonte: LeBron James Family Foundation

    Ao contrário do habitual, este artigo tem muito pouco de basquetebol. É quase todo ele um tributo a LeBron James. Processem-me! Mas a “I Promise School” vai permitir a quem mais necessita ter um lugar de aprendizagem completamente grátis. Com uniformes, bicicleta, capacete, transporte e alimentação gratuita. Com colocação no mercado de trabalho dos pais destes miúdos e com entrada gratuita na Universidade de Akron a quem  terminar o ensino secundário. Tudo porque, “simplesmente”, um jogador de basquetebol não se limitou a “calar-se e driblar”. Seja qual for a vossa cor clubística, este gesto será sempre um exemplo e uma inspiração tremendos para todos. E isso vai muito além do basquetebol!

    Foto de Capa: Cleveland Cavaliers

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    António Pedro Dias
    António Pedro Diashttp://www.bolanarede.pt
    Tem 22 anos, é natural de Paços de Ferreira e adepto do SL Benfica. Desde muito pequeno que é adepto de futebol, desporto que praticou até aos 13 anos, altura em que percebeu que não tinha jeito para a coisa. Decidiu então experimentar o basquetebol e acabou por ser amor à primeira vista. Jogou até ao verão passado na Juventude Pacense e tem o Curso de Grau I de treinador de basquetebol desde os 19. O gosto pela NBA surgiu logo quando começou a jogar basquetebol e tem vindo a crescer desde então, com foco especial nos Miami Heat.                                                                                                                                                 O António escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.