Mundiais de Ciclismo’16: Incrível Saga(n)

    Cabeçalho modalidadesChegou ao fim a competição que reúne ciclistas de todas as nações para tentarem ganhar uma medalha para o seu país, algo diferente do que ocorre no resto do ano (com exceção de anos em que existem Jogos Olímpicos) em que temos os corredores a servirem a equipa com a qual têm contrato. Ciclistas que lutaram contra si nas mais variadas provas, ao longo de todo o ano, lutaram por um objetivo em comum: fazer da sua nação a vencedora!

    São momentos onde podemos ver ciclistas rivais no resto do ano a unirem forças pelo seu país e por todo um povo. É o tempo dos ciclistas deixarem de parte os motivos financeiros e terem como motivo fulcral o facto de serem o orgulho do país e a esperança de toda uma nação.

    Indo aos resultados e começando pela prestação feminina:

    A dinamarquesa Amalie Diderikson sagrou-se campeã do mundo da prova de estrada em seniores e a italiana Elisa Balsamo sagrou-se campeã na mesma vertente mas em juniores. A norte americana Amber Neben foi a vencedora do contrarrelógio individual de seniores (superou a favorita Ellen Van Dijk) e a holandesa Karljin Swinkels venceu na mesma especialidade mas em juniores. Por fim, no contrarrelógio por equipas, a equipa holandesa da Boels foi a medalhista de ouro da prova, sendo que a alemã Canyon e a suíça Cervélo ficaram com as medalhas de prata e bronze, respetivamente. É de destacar a capacidade das holandesas e, também, das representantes dos países nórdicos em conseguirem ter excelentes prestações, no geral. As norte-americanas estiveram igualmente em boa forma.

    Amalie Dideriksen foi a mais forte no sprint Fonte: Cycling Tips
    Amalie Dideriksen foi a mais forte no sprint
    Fonte: Cycling Tips

    Passando para a prestação masculina:

    Começando pelo contrarrelógio coletivo, o pódio foi o esperado (repetiu o ano de 2014, neste aspeto), mas com um vencedor diferente do que a maioria poderia prever. A Etixx-Quick Step superou a favorita e bicampeã BMC numa prova onde a equipa belga dominou do início ao fim e, por apenas 12 segundos, levaram o título de campeões do mundo para casa. Um dos fatores decisivos foi a adição de última hora de Marcel Kittel à equipa, que mostrou ser uma verdadeira “big engine” durante o percurso. O terceiro lugar foi atribuído justamente à Orica, que já merecia uma distinção assim (a união e apoio dentro da própria equipa é incrível).

    No contrarrelógio individual, o alemão Marco Mathis venceu na categoria de sub-23, o norte-americano Brandon McNulty na categoria de júnior e o tão esperado evento do CR masculino de seniores foi ganho, surpreendentemente – devido a ter tido um jejum de 3 anos consecutivos sem vencer e ter maior concorrência – por um dos melhores contrarrelogistas de sempre, neste caso, o também alemão Tony Martin.

    O ex-ciclista da Etixx, e que irá em 2017 para a Katusha, fez um tempo verdadeiramente demolidor e bateu por 45 segundos o tempo do bielorrusso Vasil Kiryienka. É de destacar que o ciclista da Sky não teve um grande ano em termos de CR’s, mas a verdade é que desde 2012 que não faz pior do que um 4.º lugar nos Mundiais. Por fim, outro prémio merecido foi para o espanhol Jonathan Castroviejo, que teve aqui um resultado justíssimo para o que tem vindo a fazer durante este ano na equipa da Movistar. Tom Dumoulin e Rohan Dennis, principalmente, estiveram abaixo do esperado, sendo que o português Nélson Oliveira foi 20.º classificado.

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    Nuno Raimundo
    Nuno Raimundohttp://www.bolanarede.pt
    O Nuno Raimundo é um grande fã de futebol (é adepto do Sporting) e aprecia quase todas as modalidades. No ciclismo, dificilmente perde uma prova do World Tour e o seu ciclista favorito, para além do Rui Costa, é Chris Froome.                                                                                                                                                 O Nuno escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.