Se o WRC teve no seu último rali, o rali da Sardenha, uma diferença entre o vencedor, Thierry Neuville, e o segundo posto, Sebastien Ogier, de 0.7s, a ronda que marca o meio do campeonato FIA ERC teve uma diferença ainda menor. Simos Galatariotis venceu o seu rali caseiro com uma diferença de 0.6s sobre os portugueses, Bruno e Hugo Magalhães.
O Rali do Chipre marcou a quarta ronda do europeu de ralis. Contou com os habituais participantes na luta pela liderança, mas o incentivo foi a presença de Nasser Al- Attiyah, a bordo de um Ford Fiesta R5.
O primeiro dia viu Alexey Lukyanuk ser outra vez implacável e começar na liderança do rali, mas a passagem por cima de uma pedra não identificada nos reconhecimentos, fez com que o russo furasse e umas curvas mais à frente o russo acabaria por bater nos rails e acabar por perder a liderança e o comboio para lutar pela vitória. Quem aproveitou para se chegar à frente do rali foi Nasser Al-Alttiyah, que assim assumia a liderança, com cerca de 11s sobre o piloto caseiro Galatariotis, em Skoda Fabia R5. Na terceira posição seguia o novo protegido da Skoda, o finlandês de 21 anos, Juuso Nordgren, que cada vez mais mostra estar bastante forte no carro da marca checa.
Na especial seis, a última do primeiro dia de competição, Al-Alttiyah furou e acabou por perder a liderança para a jovem esperança finlandesa, Juuso Nordgren. Bruno Magalhães, devagar devagarinho e com o azar dos principais pilotos, o português estava agora no pódio a cerca de 9s do líder.
Assim, o jovem finlandês liderava o rali, até que na especial nove, logo no ínicio capotou o Skoda Fabia R5, fruto da sua inexperiência. Para a próxima já sabe, com calma chega-se lá. Assim, o cipriota Galatariotis liderava o seu rali. A luta assim parecia entre o cipriota e o português. Mas alguém consegui recuperar e vir discutir, outra vez, a liderença. É verdade, Al-Alttiyah, que teve três furos, quando só tinha dois pneus sobresselentes, conseguiu chegar à liderença. Mas na especial derradeira, furou. Parou para trocar o pneu, e quem vinha atrás era Bruno Magalhães. Quando Al-Alttiyah se colocou na estrada novamente, Bruno estava mesmo em cima, tendo travado a fundo e depois ultrapassado o piloto do Qatar. E foi esta manobra que custou a Bruno a vitória no rali, caros leitores, 0.6s que podem fazer a diferença no final do campeonato. Com o furo de Al-Alttiyah, Norbert Herczig subiu para o terceiro lugar com o Skoda Fabia R5.