Sempre gostei de ver carros de rali em asfalto. Não é carros de rali em circuitos, não, nas estradas comuns. Parece que a adrenalina aumenta.
A quarta ronda do campeonato mundial de ralis (WRC) levou os carros mais rápidos do mundo à ilha da Córsega, região administrativa da França. O rali da Córsega trouxe novas especiais. O chamado rali das 10000 curvas já é difícil com estradas conhecidas, imaginem se mais de 50% do rali é novo. Os navegadores tiveram um dos testes mais duros do ano.
No shakedown relevo para o despiste de Thierry Neuville, mas nada de grave. Assim, o rali começou com naturalidade. E mais natural que Sebastien Ogier liderar no Ford Fiesta WRC não há. O francês, campeão do mundo, venceu a primeira especial com dez segundos de avanço sobre o segundo classificado, Sebastien Loeb em Citroen C3 WRC. Em terceiro chegava o estónio, Ott Tanak em Toyota Yaris WRC. Na Hyundai, o belga Thierry Neuville conseguia o quinto tempo, apesar de se queixar de problemas de travões no seu Hyundai i20 Coupé WRC. Já o seu colega de equipa, Andreas Mikkelson terminava em oitavo, com dois erros logo no princípio da classificativa.
A partir daqui esperava-se uma luta muito renhida entre os dois Sebastien e a Ford e Citroen, o que nos faz relembrar as lutas entre Loeb e Hirvonnen entre 2006 e 2008. Infelizmente, tal não foi possível, pois Loeb saiu de estrada na segunda especial e de lá não saiu, deixando Ogier tranquilamente na liderança do rali. Na Toyota, Latvalla também se queixava dos travões e Esapekka Lappi estava a fazer o primeiro rali em asfalto num WRC. Destaque para o navegador de Jari-Mati Latvalla, Mikka Anttila, que fazia a sua 197 corrida do WRC, passando assim o espanhol Carlos Sainz.
Início do segundo dia com Loeb de volta, mas não na luta pela vitória no rali. Mostrou um ritmo muito forte, levando três vitórias em especiais nesse dia. Tannak e Lappi foram os outros vencedores de especiais no segundo dia, comprovando a forma de abordagem cautelosa da liderança por parte de Ogier. O outro Citroen da equipa, pilotado pelo britânico Kris Meeke também mostrou uma subida no seu ritmo, tanto que consegui passar Thierry Neuville e ficar com o segundo lugar da geral, mas na especial número dez saiu de estrada e caiu para décimo. Também nesta especial bateram Jari- Mati Latvala que acabou ali o rali e o terceiro piloto da M-Sport, Bryan Bouffier desistiu devido a problemas no motor. Com o despiste de Meeke, Tanak agarrou a segunda posição, com Neuville a fechar o pódio.