Estética ou segurança? Ferrari ou Mercedes?

    Cabeçalho modalidadesA tradicional pausa de verão na Fórmula 1 é sinónimo de que o campeonato está a meio. É também quando os rumores das entradas e saídas de pilotos surgem, e, inevitavelmente, é quando as especulações dos acontecimentos da primeira metade do campeonato acontecem e se faz uma reflexão.

    Uma primeira metade de campeonato claramente dominada entre Ferrari e Mercedes, com Sebastian Vettel e Lewis Hamilton, respectivamente, numa disputa genuína e taco-a-taco, onde o respeito e a competição têm falado sempre mais alto neste despique, apesar do episódio insólito, que também dá sal ao duelo, ocorrido no circuito de Baku, no Azerbaijão.

    Em relação ao chamado segundo-piloto, Bottas tem-se destacado pela positiva e está bastante perto do seu companheiro de equipa, não podendo a equipa, para já, decidir quem é que ataca o título. Já Raikkonen tem-se revelado inconstante, em termos de exibições e resultados, capaz do melhor e do pior num espaço de 15 dias, tendo sido já “apertado” pelos superiores, pois o papel do finlandês é de protecção em relação ao alemão da Ferrari.

    A Red Bull tem vindo, paulatinamente, a subir de performance e, acredite-se ou não, a verdade é que podem interferir bastante na luta pelo título entre a Ferrari e Mercedes.

    O chamado ‘mercado de transferências’ encontra-se quente, com Vettel e Raikkonen a terminarem o contracto com a Ferrari no final da presente temporada. Já Bottas tem apenas este ano de contracto com a Mercedes e o desejo de Hamilton correr pela Ferrari é antigo, já para não falar que Verstappen proferiu publicamente que deseja ter o melhor carro, independentemente da cor.
    No entanto, não é expectável que surjam ‘bombas’ de última hora. O previsível é que a Ferrari mantenha a dupla mas por apenas um ano e, como manda a tradição, que a apresentação seja feita no Grande Prémio de Itália em Monza. Na mesma linha deverá ir a Mercedes e a Red Bull, ao manterem as mesmas duplas. Tudo aquilo que seja fora deste alinhamento pode ser considerado surpresa.

    O ‘Shield’ em acção era a alternativa ao ‘Halo’ Fonte: FIA
    O ‘Shield’ em acção era a alternativa ao ‘Halo’
    Fonte: FIA

    Faltando ‘apenas’ nove Grandes Prémios até à final, a luta entre Ferrari e Mercedes, Vettel e Hamilton, será até à última volta da última corrida. O equilíbrio é grande e, certamente, que ninguém se conseguirá impor a ninguém. Em teoria, os circuitos são, maioritariamente, favoráveis à Mercedes. Porém, na prática, todos sabem que existem surpresas.

    Tudo a pensar no final de 2018, onde Vettel e Hamilton ficam livres e podem rumar a qualquer equipa, talvez uma troca por troca, e com Ricciardo e Verstappen a preencherem as duplas da frente, o que seria, no mínimo, aliciante. A política da Ferrari não é ter dois pilotos de ponta, por isso talvez seja impossível juntar dois leões numa jaula. O mesmo se pode dizer em relação à Mercedes: certamente que ninguém espera um Bottas na luta com Vettel pelo título. Quem está à espreita a assistir a este jogo de cadeiras é a Red Bull, não tendo um monolugar competitivo, não terá outro comportamento senão aquele que tem tido. Já na Mclaren, Alonso está saturado de andar a competir em ‘maus timings’ e, com a idade a avançar e o desejo da Indy500, é provável que o campeão de 2005 e 2006 se retire da modalidade, apesar do progresso que o motor Honda tem vindo a ter. Na Williams, Felipe Massa já demonstrou vontade de continuar a correr, ainda que pudesse fazer melhor figura ao dar lugar aos mais novos e possíveis talentos.

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    Duarte Machado
    Duarte Machadohttp://www.bolanarede.pt
    O Duarte é licenciado em Sociologia e é natural de Portimão, sendo um acompanhante activo principalmente do Desporto motorizado, acompanha, desde cedo, a Fórmula 1. Não perde nenhum Grande Prémio e se o cavalinho rampante agarrar primeiro a bandeira de xadrez ainda melhor!                                                                                                                                                 O Duarte não escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.