O ano passado, por esta altura, já todos sabíamos quem seria o Campeão do Mundo de 2016, do WRC; por outro lado, com a saída da Volkswagen em 2017, tudo ficou mais incerto. Muito pouco se consegue dizer para já, afinal, são carros novos para todos, o que pode levar a problemas iniciais com a fiabilidade dos carros.
A temporada de 2017 traz-nos carros mais agressivos, mais potentes e, como tal, mais próximos dos saudosos Grupo B, que, infelizmente, não tive oportunidade de ver. São carros muito mais bonitos à vista, mas também muito mais competitivos e difíceis de conduzir, o que aumenta o espetáculo e a luta pelas vitórias, pelo menos é o que se espera. O apoio aerodinâmico que os carros apresentam é o que os torna tão espetaculares e, ao mesmo tempo, eficazes. Serão cerca de 380 cavalos (ou talvez mais!) a precisar de ser controlados, contra os 315 de 2016, e 25 quilos a menos em relação aos carros anteriores.
A grande surpresa de 2017 é a ausência da Volkswagen, que já explorei aqui no Bola na Rede. A equipa oficial da marca alemã desapareceu, mas os carros não e estão prontos a correr, apesar de parecer que só em 2018 tal será possível. Como já tinha sido dito nos momentos do ano, o Qatar, através de Nassel Al-Attiyah, pode por os Polo WRC na estrada. O objetivo desta equipa será reunir, para 2018, Al-Attiyah, Andreas Mikkelsen e … Sebéstien Ogier.
Até agora não se sabe mais nada deste assunto, sabe-se apenas que Mikkelsen está a tentar fazer algumas provas ainda em 2017 com o carro, algo que provavelmente a FIA não deixará, ficando o norueguês “a pé” para este ano. Para já, vai a Monte Carlo na equipa oficial da Skoda – curiosamente, ou não, equipa que pertence ao grupo Volkswagen -, com o Fabia R5, e vai falhar a Suécia. Uma pena ver um piloto tão talentoso parado, ele que é um dos meus pilotos favoritos.
O Polo WRC parecia ser o carro a bater. Pelos testes, dava a ideia de ir continuar a ser o carro mais eficaz do Mundial, mas uma vez que, muito provavelmente, não estará na estrada até 2018, vamos ficar a conhecer as restantes equipas. Todas as quatro equipas apresentam fatores que as podem levar ao título, sendo, talvez, a Toyota o elo mais fraco, por ser tudo novo.