O mundial das duas rodas visitou, este fim-de-semana, o circuito de Mugello. Aquele que é conhecido como sendo o reino de Valentino Rossi, dada a proximidade com a cidade natal do piloto italiano. O grande-prémio de Itália já nos habituou a grandes espectáculos e o deste ano não foi excepção.
Este ano, o sucesso na maior parte dos grandes-prémios já disputados deve-se ao arranque dos pilotos. De nada vale uma pole position se o arranque não for como deve ser: rápido e inalcançável.
Em Mugello, como seria de esperar, Valentino Rossi saiu no primeiro lugar da grelha de partida e, desde cedo, lutou com Jorge Lorenzo em busca da vitória. Mas quis o destino, ou mesmo o azar, que o piloto italiano abandonasse a corrida e com um problema mecânico – e aqui, não pode colocar a culpa nos outros pilotos, porque a moto é dele.
Sem Rossi, a corrida resumiu-se a dois pilotos: Jorge Lorenzo e Marc Marquez. As últimas três voltas da prova foram frenéticas. Um dava lugar a outro. Ultrapassagens que faziam vibrar as bancadas repletas de azul e amarelo.
Mas tudo ficou decidido na última volta, ou melhor, nos últimos 50 metros. Jorge Lorenzo confidenciou que nesse momento se lembrou de uma situação idêntica e sabia que deveria arriscar, apanhando Marquez de surpresa.
Ainda assim, essa manobra arriscada não era suficiente, e Lorenzo viu-se obrigado a usar o seu recurso mais valioso: a velocidade da sua M1, impossível de alcançar pelas Honda Repsol. E foram precisos, apenas, 19 milésimas de segundo para que o piloto espanhol conseguisse passar a bandeira de xadrez em primeiro.
Diria mesmo que o circuito italiano recebeu e assistiu a uma das melhores provas da temporada – daquelas que não são aborrecidas. Mas sim de manobras magistrais como as de Jorge Lorenzo e Marc Maquez, que mereceram aplausos.
Com esta vitória, Lorenzo continua como líder do campeonato seguido de Marc Marquez. Já Valentino Rossi fecha o pódio. E a próxima prova está marcada para o primeiro fim-de-semana de Junho em Barcelona, no circuito de Montmeló.
Salientar ainda que na categoria de Moto2, o português Miguel Oliveira conseguiu alcançar o décimo terceiro lugar na classificação geral. Um bom resultado para o piloto já que está no seu ano de estreia na categoria.
Foto de capa: Moto GP
Artigo revisto por Bárbara Mota