UFC: Os altos e baixos de 2017

    Cabeçalho modalidadesEstou certo de que as escolhas que se seguem não serão consensuais para a maioria dos fãs de UFC. Ainda assim, e terminado que está o ano de 2017, creio estar em condições de uma razoável análise ao ano que agora findou.

    Comecemos por aquilo que 2017 nos trouxe de bom

    1. Prodígio de Rose Namajunas
    WOW, deram por isto? É provável que não. Rose não é dada a grandes polémicas e discursos provocatórios em conferências de imprensa. A sua marca fica no ringue e ficou bem assinalada com a vitória surpreendente e contundente sobre a polaca Joanna Jędrzejczyk, que durante 2 anos reteve o cinto de campeã da divisão de Starwweight. Rose quebrou a invencibilidade de Joanna e colocou-se como a futura estrela da UFC, uma estrela a observar em 2018.

    2. Khabib e GSP voltaram e de que maneira
    Estes foram porventura os dois regressos mais felizes e desejados de 2017. GSP regressou depois de uma longa ausência, que muitos calculavam até que fosse irreversível. O canadiano regressou, conquistou o título a Bisping e provou ao universo UFC que o seu nome tem de estar no pódio dos melhores de sempre. Infelizmente, 2018 não deverá traze-lo de volta ao octógono.

    E o que dizer do regresso de Khabib. O rotulado campeão de sambo está invicto na MMA desde que em 2008 iniciou a sua carreira. O russo esteve afastado do octógono durante mais de um ano, mas o seu aguardado regresso frente a Edson Barboza colocou-o na pole position para uma disputa de título frente a Tony Fergunson ou McGregor. 2018 tem de ter Khabib

    GSP conquista o título a Bisping Fonte: Bloody Elbow
    GSP conquista o título a Bisping
    Fonte: Bloody Elbow

    3. A rivalidade TJ Dillashaw – Cody Garbrandt
    O despique entre Dillashaw e Garbrandt ganhou um novo capítulo após o combate entre os dois antigos colegas de equipa. Sim, os agora arqui-inimigos foram em tempos colegas na Team Alpha Male dirigida pelo histórico Urijah Faber. Dillashaw saiu da equipa para ser acompanhado por Duane Ludwig, decisão que foi encarada como uma traição. O combate ente estes dois fantásticos atletas culminou com a reconquista do título por parte de Dillashaw. Em 2018, o antigo protegido de Faber fará de tudo para enfrentar o lutador com o maior número de defesas de título bem-sucedidas, Demetrious Johnson. A desforra de Dominick Cruz ou Cody terá de esperar.

    4. O espetáculo Gaethje
    Dois dos mais entusiasmantes combates do ano têm um nome em comum: Justin Gaethje. O primeiro frente a Michael Johnson, enquanto que o segundo teve a companhia de Eddie Alvarez. Os dois combates, embora com desfechos distintos, vincaram um perfil indissociável a Gaetheje: Lutador com mais coração que cabeça. Estes dois combates foram intensos, violentos e tiveram uma enorme carga de emotividade. Gaethje parece que gosta de jogar no risco, no risco de knockout. É entusiasmante, mas enervante assistir a um combate seu, já que parece estar em péssima forma física apesar de nunca vacilar nos momentos de maior aperto.

    5. As escaladas de Withaker, Holloway, Ngannou e Cyborg
    É difícil resumir o percurso destes quatro fantásticos atletas no ano 2017 em poucas linhas. Holloway, Cyborg e Withaker têm já o estatuto de campeões (Withaker é, até ver, campeão interino), enquanto que Ngannou trepou a divisão Heavyweight até uma oportunidade para disputar o título de Stipe Miocic. 2018 ficará irremediavelmente marcado pelo percurso destes atletas. Cyborg dominou por completo a divisão feminina. Holloway é um campeão estável depois de afastar por duas vezes José Aldo. Withaker trepou uma divisão composta por Yoel Romero, Jacaré Souza e aguarda agora com Rockhold uma oportunidade pela vaga deixada por GSP. Ngannou, bem, Ngannou derrotou Alistair Overeem e corre o risco de liderar a divisão Heavyweight de 2018 em diante.

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    João Pedro Chitas
    João Pedro Chitashttp://www.bolanarede.pt
    Amante, praticante e obcecado por Artes-Marciais. Acredita que a UFC foi a melhor coisa que aconteceu no desporto depois do ouro de Carlos Lopes.                                                                                                                                                 O João escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.