O UFC está de regresso ao Brasil, um país historicamente rico em atletas de MMA, não fosse a pátria mãe do jiu jitsu brasileiro que é, desde há muito, uma das principais vertentes de luta utilizada neste desporto.
O evento que se irá realizar dia 12 de Maio, no Rio de Janeiro, é bastante especial. Porquê? Bem, vamos por pontos.
1. O regresso da leoa
A leoa é Amanda Nunes que, para os mais desatentos, é a mulher responsável por “arrumar” a estrela Ronda Rousey nuns impressionantes 48 segundos. Com este cartão de visita, Amanda Nunes, que é também a atual campeã da divisão Bantamweight, atrairá por certo grande parte da atenção do evento. Todos querem perceber se a leoa ainda tem garra para defender o seu título, ou se, pelo contrário, existe apenas um nome capaz de a derrubar: Cris Cyborg. Há não muito tempo circulou o rumor de que Amanda teria recusado um combate frente à campeã da divisão Featherweight. Dia 12, a underdog Raquel Pennington terá a oportunidade de provar que está à altura das melhores. Isto porque, e apesar de já ter somado vitórias sobre Miesha Tate, Bethe Correia ou Jessica Andrade, lutar como cabeça de cartaz e por um título é uma experiênia inigualável.
2. O adeus à lenda
É sempre difícil dizer adeus a um atleta com tão longo e notável percurso. Ainda assim, talvez seja esta a melhor forma de nos despedirmos de Vitor Belfort. Vitor irá combater no seu país, frente a um compatriota que é também uma lenda do desporto. Sinceramente, não é muito fácil prever o desfecho deste combate. Tanto Vitor, como Lyoto não estão no auge das suas carreiras. O striking de Lyoto perdeu o fator surpresa, a capacidade de explosão de Vitor também é apenas uma mera lembrança do passado. Nenhum deles quererá, por certo, fazer má figura perante os seus compatriotas. Será que podemos ficar surpreendidos com uma batalha à moda antiga?
3. O assalto ao trono
Jacaré é porventura o atleta que mais tempo esperou por uma oportunidade de lutar por um título e dia 12 ainda não será o dia. O brasileiro tem um percurso notável na UFC, apenas manchado por duas derrotas frente a Robert Withaker e Yoel Romero que ainda este ano irão disputar o título da divisão Middleweight. Caso derrote Gastellum, Jacaré tem excelentes possibilidades de se assumir como o principal candidato ao título. Aos 38 anos, Jacaré não terá muito mais oportunidades para alcançar o seu grande objetivo. Para Gastellum o cenário é diferente. Apesar de ter derrotado o antigo campeão da divisão Michel Bisping, o americano não tem vitórias sobre grandes nomes da divisão. Jacaré é uma oportunidade para se afirmar, ganhar estatuto, confiança e despertar a atenção de Dana White. Está tudo em aberto.
Foto de Capa: UFC
Artigo revisto por: Rita Asseiceiro