Sporting CP 2-5 SC Braga: Braga não dá hipótese e sagra-se bicampeão nacional

    Após uma fase regular onde foram as duas melhores equipas, Sporting e Braga chegaram à última jornada da fase final da divisão de elite, que se voltou a realizar na Nazaré, com seis pontos somados. Os verde e brancos venceram o Nacional por 8-4 e a Casa do Benfica de Loures por 6-1. Enquanto que os bracarenses começaram por golear a Casa do Benfica de Loures por 9-3 e no sábado o Nacional por 9-0. O Sporting até havia sido o conjunto que tinha ganho, por 7-5, o último jogo entre minhotos e os leões, realizado há algumas semanas na Costa da Caparica. Todavia, esta tarde tudo foi muito diferente e o Braga não deu qualquer hipótese, tendo vencido por 5-2, juntando o título nacional ao de campeão europeu pelo segundo ano consecutivo.

    O Braga foi quem começou melhor e após alguns minutos com muita posse de bola, mas sem criar nenhuma chance de golo, Bê Martins apostou numa iniciativa individual e Torres, solto ao segundo poste, fez o 1-0.

    O conjunto bracarense estava por cima e pouco depois de chegar à vantagem, teve algumas oportunidades para fazer o segundo. No entanto, não conseguiu acertar na baliza à guarda de Mão. Por seu lado, a equipa leonina procurava responder à superioridade minhota, mas não estava a conseguir superar o bloco defensivo do Braga. A única exceção à regra foi uma boa jogada dos verde e brancos que Belchior não conseguiu concretizar.

    Com o passar dos minutos o encontro tornou-se cada vez mais equilibrado, com poucas chances de golo para cada lado. Apenas através de livres, Sporting e Braga estavam a conseguir chegar à baliza adversária.

    Já com menos de três minutos para a pausa, Rafael Padilha arriscou um remate de meia distância, obrigando Mão a uma enorme estirada. Volvido cerca de um minuto, foi a vez do Sporting ter ficado muito perto de marcar, mas o guardião bracarense impediu o tento da igualdade. Nos últimos instantes dos doze minutos iniciais, Ozu Moreira quase fez o segundo, mas Mão disse não ao golo do brasileiro naturalizado japonês.

    Terminado o primeiro período, o Braga vencia por 1-0. Resultado que se adequava, pois, havia sido superior durante a maior parte do tempo, tendo criado mais oportunidades para marcar e fechado os caminhos para a sua baliza.

     A segunda parte começou de forma equilibrada, com muitos duelos físicos e sem grandes chances para abanar as redes. O Sporting não conseguia encontrar os espaços necessários para chegar à baliza contrária, ao passo que o Braga, apesar de colocar o esférico na frente, não estava a conseguir construir tantas jogadas de finalização como no primeiro tempo.

    Em cima da marca dos dezassete minutos de partida, excelente jogada coletiva do Braga e após um grande passe de Igor, Bruno Xavier, solto ao segundo poste, aumentou a vantagem minhota para 2-0.

    O golo voltou a colocar o conjunto bracarense por cima, por isso, não é de estranhar que pouco depois do segundo tenha surgido o terceiro. Após uma defesa algo complicada, Rafael Padilha serviu Filipe Silva que, totalmente solto no interior da área leonina, executou um pontapé de bicicleta e fez o 3-0 para o Braga. Instantes depois, Torres teve uma grande oportunidade para fazer o quarto através de um livre-direto. Porém, Mão negou as intenções do jogador português com uma nova grande defesa.

    A vencer por três golos sem resposta, os minhotos iam controlando o que se passava no areal do estádio do Viveiro, sendo a equipa que ia estando sempre mais perto de marcar. Era necessário muito mais Sporting para virar o rumo dos acontecimentos. 

    A fase final dos segundos doze minutos foi bastante dura, o que obrigou a dupla de arbitragem a ter de ir ao bolso e mostrar alguns cartões amarelos a jogadores das duas equipas.

    Finalizado o segundo período, o Braga estava na frente por 3-0. Vantagem justa pelo que havia demonstrado dentro de campo. O jogo não mudou muito de um período para o outro, sendo que as únicas diferenças terão sido a maior agressividade na disputa dos lances e a melhor eficácia do conjunto bracarense, que controlava a partida a seu belo prazer. Estando bem a atacar e ainda melhor a defender. Algo que impedia o Sporting de conseguir chegar a baliza defendida por Padilha e reentrar na partida.

    O estádio do Viveiro teve lotação esgotada na partida de todas as decisões
    Fonte: Nazaré Beach Events

    A terceira e derradeira metade do encontro esteve perto de começar com um momento caricato, com Mão quase a ter sido traído por um desvio na areia. Contudo, o quarto golo do Braga chegou mesmo e apenas alguns segundos depois. Léo Martins rematou de primeira com o pé esquerdo e atirou a contar para o 4-0. Pouco depois, o Sporting respondeu e após um canto de Belchior, Coimbra, ao segundo poste, reduziu a desvantagem leonina para 4-1.

    Apesar do golo, os leões continuaram sem apresentar grandes soluções ofensivas, sendo que os livres diretos foram principal forma do Sporting chegar à baliza bracarense, mas Rafael Padilha, com maior ou menor dificuldade, conseguiu defender todos. Madjer, Coimbra e Jordan que o digam.

    Com cerca de cinco minutos para o fim da partida, bela jogada coletiva do Sporting e Jordan, com um remate de primeira, reduziu a diferença para 4-2. Os leões mantinham viva a chama da esperança. 

    Infelizmente para os adeptos verde e brancos, o Sporting não conseguir manter o ímpeto do golo de Jordan e já com menos de três minutos para se jogar, Bruno Xavier recuperou o esférico a meio campo, tendo assistido Filipe Silva que, com um remate forte, fez o 5-2. Pouco depois, Jordan arrancou uma falta a Bokinha em zona extremamente favorável. Porém, o número cinco dos leões e natural da Nazaré, acabou por não conseguir bater Rafael Padilha.

    Até ao final do encontro, nota apenas para um livre-direto a favor do Braga, onde Bokinha ficou muito perto do sexto, tendo enviado o esférico ao poste esquerdo da baliza de Tiago Petrony que, entretanto, havia entrado para o lugar de Mão.

    Desta forma, o Braga alcançou o bicampeonato nacional, título que junta ao de bicampeão europeu. Aumentando, ainda mais, o domínio do futebol de praia português, visto que, desde que o campeonato é organizado pela FPF, soma um total de cinco títulos de campeão nacional (2013, 2014, 2015, 2017 e 2018), contra os dois de Sporting (2010 e 2016), um do Belenenses (2012) e, igualmente, um do Vitória de Guimarães (2011).

    Sporting CP: 22-Mão (GR), 2-Coimbra, 5-Jordan, 10-Belchior, 17-Zé Lucas

    Jogaram ainda: 1-Tiago Petrony (GR), 4-Rafael, 7-Madjer (CAP.), 8-Zé Maria, 11-Ricardinho, 15-Anderson e 16-Benjamin Júnior

    SC Braga: 12-Rafael Padilha (GR), 4-Torres (CAP.), 7-Bokinha, 10-Bê Martins e 11-Léo Martins

    Jogaram ainda: 4-Torres (CAP.), 5-Filipe Silva, 8-Bruno Xavier 7-Bokinha e 9-Igor

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    Diogo Nunes
    Diogo Nuneshttp://www.bolanarede.pt
    Adepto ferrenho do Benfica, o Diogo deixou de sofrer golos nos rinques de Hóquei em Patins, a sua modalidade de eleição, para passar a descrevê-los em artigos.                                                                                                                                                 O Diogo escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.