Já estamos em contagem decrescente para o início do Campeonato da Europa de Futsal, onde a nossa seleção parte (novamente) com o desejo de poder ser, pela primeira vez, campeã continental. O sonho já vem de edições anteriores, onde a equipa das quinas teve uma série de boas prestações que quase culminaram na vitória final, tendo como referência a única final atingida até ao momento, em 2010. Para tentar cumprir este sonho, expansível a todos os portugueses amantes do desporto em geral e de futsal particularmente, os nossos atletas terão pela frente as formações nacionais da Ucrânia e da Roménia no grupo C, num agrupamento com três seleções onde passam as duas primeiras para as rondas a eliminar, mais concretamente os quartos-de-final.
O nosso grupo irá cruzar com o grupo D, composto pela temida equipa espanhola, pelo Azerbaijão e pela estreante França. Neste caso é, portanto, vital terminar na liderança do agrupamento, para tentar evitar “nuestros hermanos”, equipa que, em condições normais, será primeiro classificado.
Atenção que a equipa “azeri” (coloquei a nacionalidade entre aspas devido à naturalização apressada de vários jogadores brasileiros, que compõem praticamente metade dos jogadores selecionados) também é uma equipa competitiva e capaz de criar muitas dificuldades aos adversários, conforme se comprovou no Mundial 2016, em que Portugal e Azerbaijão se encontraram nos quartos-de-final da competição, terminando com um equilibrado 3-2 a nosso favor. A França é a incógnita, pois cumpre a sua estreia em Europeus, logo só será possível aferir a sua qualidade quando a bola começar a rolar.
O Euro irá começar na capital eslovena Ljubljana, mais concretamente na Arena Stozice, com um jogo bastante interessante: um duelo entre o organizador desta fase final e a Sérvia, marcado para as 17h portuguesas. Nós só começamos a participação no dia seguinte perante a Roménia, estando o segundo e último encontro português agendado para o dia 4 de Fevereiro às 17 horas. Quanto aos restantes grupos, o A promete bons jogos, uma vez que, para além da Eslovénia e da Sérvia inclui a Itália, e o B apresenta outro dos fortes candidatos à vitória final, a equipa da Rússia, uma das equipas mais fortes entre a segunda linha de candidatos, isto é, o Cazaquistão, que também apresenta alguns jogadores naturalizados. Para finalizar temos a equipa da Polónia, outra das grandes incógnitas pois já está afastada dos grandes palcos desde 2001, ano da primeira (e única) presença em Campeonatos da Europa.
Vamos então desfrutar da competição e ver se é desta que conseguimos “matar o borrego” e trazer o galardão para casa. Esta geração e todas as anteriores merecem esta conquista, por isso façam o vosso melhor e não entendam este meu pedido como uma exigência, o objetivo mínimo de acordo com o selecionador Jorge Braz é entrar numa posição medalhável, mas sem nunca parar de sonhar com o troféu de campeão nas mãos!
Foto de Capa: UEFA
Artigo revisto por: Vanda Madeira Pinto