Na terceira e última jornada da fase de grupos, Portugal precisava de ganhar para tentar não ficar em último lugar, mas voltou a perder, desta feita, contra a seleção da Itália por 6-4.
Portugal começou bem, ao contrário dos dois primeiros jogos, e abriu o marcador à passagem dos onze minutos por intermédio de Luís Melo. No entanto, ainda antes da pausa, Giulio Cocco, a maior estrela dos transalpinos e futuro reforço do Porto, fez o 1-1. Resultado que durou até à saída para os balneários.
A segunda parte foi bem mais animada. Novamente pelo stick Luís Melo, Portugal colocou-se a vencer por 2-1. Contudo, a Itália, equipa com vários jogadores a jogar nas principais equipas do seu país, respondeu de forma formidável e apenas num minuto virou o marcador, com golos de Francesco Compagno e Alberto Grecco. Porém, a seleção portuguesa não se deixou ficar e no minuto seguinte, Gonçalo Nunes fez o 3-3. Pouco depois, o conjunto orientado por Luís Sénica teve uma grande oportunidade para voltar a estar na frente, em virtude da 10ª falta italiana, mas Vieirinha não conseguiu bater Mattia Verona, que havia entrado para defender o livre-direto.
Mais golos só na parte final do jogo. Com três minutos para se disputar, Nicholas Barbieri passou a Itália, por mais uma vez, para a frente do resultado. Volvidos sessenta segundos, Giulio Cocco, na conversão de um livre-direto resultante de um cartão azul visto por Gonçalo Pinto, colega de equipa no Amatori Lodi, aumentou a vantagem transalpina para 5-3. À entrada para o último minuto do encontro, Portugal cometeu a sua 10.ª falta e Giulio Cocco, um especialista neste tipo de lances, não desperdiçou e selou a vitória da squadra azzurra. Ainda antes do fim, Vieirinha redimiu-se e fixou o resultado final em 6-4.
Apesar da notória melhoria em pista, visto que, Portugal esteve sempre na posse das rédeas do jogo, tendo chegado mesmo a dominar durante a segunda metade, a Itália, seleção composta por jogadores mais experientes, alguns deles já com experiência de europeus e mundiais, fez uso das suas raízes e levou a melhor. Frios e matreiros, os jovens comandados por Massimo Mariotti foram eficazes, ao terem conseguido aproveitar grande parte dos poucos contra-ataques de que dispuseram para decidir o desfecho do encontro.
No outro jogo da noite, a França voltou a surpreender e venceu a toda poderosa Espanha por 4-3. Numa partida onde os irmãos Benedetto, mais uma vez, estiveram em evidência. Carlo fez as redes balançar em três ocasiões e Roberto em uma. Todavia, em virtude da diferença entre golos marcados e sofridos (Espanha +8; Itália +1; França -1), a Espanha acabou por conquistar a sua 12ª Taça Latina. A primeira desde 2012, colocando um ponto final no bicampeonato alcançado por Portugal entre os anos de 2014 e 2016.
Para a história fica a pior participação de Portugal na prova, pois, nunca nas vinte e oito ou vinte e sete edições anteriores, porque em 2001 a Alemanha participou no lugar da Espanha, a seleção portuguesa havia ficado no último lugar.
Será este desempenho o resultado de uma convocatória mais jovem, onde são poucos os jogadores a jogar nas principais equipas do intitulado “melhor campeonato do mundo”, que teve pela frente seleções com jovens jogadores já com uma vasta rodagem ou será um sinal de que algo necessita de mudar em Portugal? Teremos de esperar para ver.
Equipas
Portugal: 10-Alejandro Edo (GR), 3-Gonçalo Nunes, 4-Vieirinha, 6-Carlos Loureiro e 7-Alvarinho (CAP.)
Jogaram ainda: 5-Gonçalo Pinto, 8-Pedro Batista e 9-Luís Melo
Banco: 1-Pedro Freitas (GR) e 2-Gonçalo Meira
Treinador: Luís Sénica
Itália: 1-Bruno Sgaria (GR), 3-Nicholas Barbieri, 6-Davide Gavioli, 7-Giulio Cocco (CAP.) e 8-Andrea Scuccato
Jogaram ainda: 10-Matia Verona (GR), 2-Alberto Grecco e 4-Francesco Compagno
Banco: 5-Matteo Zucchetti e 9-Giacomo Maremmani
Treinador: Massimo Mariotti