O que não perder nos Jogos Olímpicos 2018

    Cabeçalho modalidadesAs Olimpíadas de Inverno 2018 em PyeongChang, na Coreia do Sul, estão aí à porta e há certas provas que não vais querer perder. Estes são os grandes destaques do certame e, de veteranos em busca de redenção a novos talentos que tentam quebrar ciclos de domínio, prometem fazer as delícias dos amantes do desporto.

    Após anos conturbados com lesões que a fizeram perder Sochi 2014, a figura maior do ski alpino, Lindsey Vonn, está de volta aos bons resultados. Apesar de o seu grande foco ser bater o recorde mais vitórias em provas da Taça do Mundo, leva 81 e está a apenas 5 do número histórico de Ingemar Stenmark, a americana tem-se mostrado em forma e é uma forte candidata a, oito anos depois, voltar a conquistar o Ouro olímpico.

    No hockey no gelo, o grande destaque é a ausência de atletas da NHL, já que os russos poderão competir beneficiando do estatuto especial criado pelo Comité Olímpico Internacional (IOC). Assim, espera-se uma competição bem mais equilibrada e propícia a algumas surpresas, dando às seleções europeias maiores possibilidades de lutar pela vitória.

    Já no biatlo, há um claro favorito à partida, Martin Fourcade que tem dominado a modalidade nos últimos sete anos. Anton Shipulin, um dos poucos que lhe vai conseguindo fazer frente, foi um dos russos impedidos de participar e, por isso, fica nos ombros do jovem Johannes Thingnes Bo a responsabilidade de rivalizar com o francês, num duelo que será um prelúdio da luta pelo trono da modalidade para os próximos anos.

    Stina Nilsson quer afirmar-se como a grande figura do cross country feminino Fonte: FIS
    Stina Nilsson quer afirmar-se como a grande figura do cross country feminino
    Fonte: FIS

    O ski cross country é outra modalidade afetada pela falta de alguns dos campeões russos, neste caso pela ausência de Evgeny Ustyugov, triplo medalhado olímpico. O jovem prodígio Johannes Hosflot Klebo vai estrear-se nos Olímpicos com o favoritismo de liderar a Taça do Mundo, mas com veteranos como Dario Cologna e Martin Sundby à espreita de uma oportunidade para voltar a alcançar as medalhas. No lado feminino, deverá ser uma luta das esquiadores do norte da Europa, com a norueguesa Heidi Weng, a melhor dos últimos anos, a enfrentar como principal concorrência uma dupla sueca. A veterana Charlotte Kalla, que já conta dois ouros e três pratas em Olímpiadas anteriores e a jovem Stina Nilsson que tem tido uma preparação para os Jogos bastante pragmática e que já lhe rendeu três provas da Taça do Mundo esta época.

    Nos saltos de ski masculino tem havido um grande equilíbrio durante a época. Kamil Stoch dominou o Torneio dos 4 Trampolins e chega às Olímpiadas como líder da Taça do Mundo, mas os candidatos às medalhas são mais que muitos e até o veterano e quatro vezes medalhado de ouro Simon Ammann, que está na fase descendente da carreira, voltou recentemente aos podiuns em provas da Taça do Mundo com um terceiro lugar em Tauplitz. No lado feminino, Maren Lundby tem sido dominadora esta temporada, em contraste com Sara Takanashi que ainda não venceu nenhuma prova da Taça do Mundo e tem tido desempenhos mais modestos que o habitual, mas a qualidade da japonesa é inegável, demonstrado pelos inúmeros recordes que detém, e esta quererá vingar o 4.º lugar de Sochi e conquistar a sua medalha olímpica.

    Entre os russos que estarão na Coreia do Sul, Evgenia Medvedeva é uma das principais figuras e depois de tomar de assalto a patinagem artística nos últimos dois anos, o título olímpico parecia quase uma mera formalidade. No entanto, muito recentemente, a sua parceira de treino Alina Zagitova está a fazer uma transição perfeita dos júniores para os séniores e pode ser a atleta com mais hipóteses de evitar a expectável coroação de Medvedeva.

    Na patinagem de velocidade, Sven Kramer entra, pela terceira vez consecutiva, nos Jogos Olímpicos como a principal figura e tentará, finalmente, chegar ao ouro nos 10.000 metros, que lhe escapou nas duas anteriores apesar de ser há longos anos o maior especialista da distância. Na pista curta, Victor An, o coreano naturalizado russo que dominou em Sochi, não terá oportunidade de concretizar a sua despedida de sonho, já que também não será autorizado a competir pelo IOC.

    Finalmente, um olhar para duas curiosidades. O combinado nórdico é uma prova com uma inigualável singularidade e bastante interessante de acompanhar, com a originalidade extra de ser a única sem participação feminina. Um olhar também para a equipa nigeriana de bobsleigh, que tem já causado sensação, algo semelhante ao da equipa jamaicana de há algunas anos. As três atletas que compõe a equipa eram do atletismo, mas mudaram-se para o trenó e garantem, pela primeira vez, representação nigeriana nos Jogos de Inverno.

    Foto de Capa: IOC

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