Amadores a um nível Profissional

    cab Rugby

    Reza a história que foi em 1903 que o Rugby surgiu em Portugal, num jogo disputado entre duas equipas inglesas, e que em 1922 se realizou finalmente o primeiro jogo apenas com atletas portugueses.

    Em 2007, o crescimento do rugby nacional disparou como nunca antes, após a participação dos Lobos no Mundial de Rugby de XV. Este crescimento repentino aconteceu por aquilo que a participação da Selecção no Mundial de 2007 representou: foi a primeira vez na história do rugby que uma equipa amadora conseguiu apurar-se para a fase final de um Campeonato do Mundo.

    A selecção nacional, constituída por jogadores amadores que exerciam outras profissões e treinavam para a competição em intervalos de almoço e fins de tarde, defrontou equipas profissionais como a Nova Zelândia, a Escócia ou a Roménia. A participação nesta competição foi o alicerce imprescindível para a evolução do rugby até ao nível em que a modalidade se encontra actualmente, permitindo o aumento do número de praticantes em todos os escalões e a criação de novas infra-estruturas.

    No entanto, mesmo com este crescimento, Portugal continua a ser uma selecção amadora a competir ao nível profissional. É exigido a pessoas com profissões exigentes, e que dedicam todo o pouco tempo livre que têm ao rugby, o mesmo que se exige a atletas cuja única ocupação profissional é treinar para as competições da modalidade.

    A dedicação de um atleta português à selecção é muito maior do que deveria ser, obrigando, por vezes, o atleta a escolher entre o desporto, o trabalho ou o tempo com a família. Felizmente, algumas organizações têm vindo a aperceber-se deste facto e até valorizam a prática da modalidade no CV de um candidato a um emprego.

    A Groundlink foi ainda mais longe: apostou no rugby e no profissionalismo dos nossos atletas amadores através de uma parceria com o Caldas Rugby Clube. Assim, a empresa do sector aeronáutico contrata jogadores para trabalharem nos seus escritórios mas também para alinharem no clube da região Oeste. Com esta iniciativa, o Caldas Rugby Clube conseguiu assegurar vários atletas de outros clubes da Divisão de Honra, que encontraram neste projecto a melhor solução para conseguirem conciliar os treinos e o seu trabalho.

    Iniciativas como esta são fundamentais. É importante apoiar o crescimento desta modalidade. É importante mostrar que não somos apenas um país onde se pode jogar rugby nos tempos livres. É ainda mais importante mostrar que Portugal é um país onde o rugby praticado está a um nível de qualidade cada vez maior e apoiar o seu desenvolvimento, nomeadamente através da criação de novas infra-estruturas.

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    Sara Rodrigues da Costa
    Sara Rodrigues da Costa
    A Sara é apaixonada pela escrita e ligada ao desporto desde sempre. Já praticou futsal. Mais tarde, cruzou-se com o Rugby na sua vida profissional e o bichinho ficou. Gosta de assistir a um bom jogo mas tem especial queda por torneios de Sevens                                                                                                                                                 A Sara não escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico..