A Inglaterra foi a grande vencedora do Torneio Seis Nações de 2017, revalidando o título conquistado em 2016. O domínio dos ingleses foi sempre bastante claro e as ideias de Eddie Jones, seleccionador inglês, estão cada vez mais claras e entrosadas no jogo da equipa. Apesar do bicampeonato, o torneio fica também marcado pela derrota inglesa perante a Irlanda, com os ingleses a falharem o assalto ao recorde mundial de vitórias por selecções.
A equipa: Inglaterra. Foi perante mais de oitenta e duas mil pessoas nas bancadas que os ingleses revalidaram o título, após esmagarem a sua grande rival, Escócia, por 61-21. Na última jornada, falharam o Grand Slam com a derrota frente à Irlanda, mas nem isso retira o brilhantismo do percurso da equipa de Eddie Jones, treinador que veio revolucionar por completo o Rugby inglês, desde que assumiu os comandos da selecção, em 2015.
A surpresa: A vitória da Irlanda frente à Inglaterra colocou um ponto final na senda vitoriosa da Selecção da Rosa. No total, os comandados de Eddie Jones venceram 18 partidas consecutivas, algo só contrariado agora pelos irlandeses que fizeram um jogo tacticamente perfeito.
A desilusão: Com cinco derrotas pesadas em cinco jogos, a Itália continua a não conseguir dar o salto qualitativo e em três dessas partidas não chegou a marcar qualquer ponto na segunda parte.
O jogo: O duelo entre País de Gales e Inglaterra, disputado em Cardiff, ficou marcado pela paixão e excelente atmosfera na bancada e pela intensidade e raça impostas durante toda a partida. Se o início foi marcado pelo excelente arranque da Escócia, o final fica marcado pela incrível reviravolta inglesa.
O quinze: Stuart Hogg (Inglaterra), Liam Williams (País de Gales), Jonathan Joseph (Inglaterra), Owen Farrell (Inglaterra), Elliot Daly (Inglaterra); Jonathan Sexton (Irlanda), Baptiste Serin (França); Jack McGrath (Irlanda), Ken Owens (País de Gales), Dan Cole (Inglaterra), Joe Launchbury (Inglaterra), Courtney Lawes (Inglaterra), Sam Warburton (País de Gales), Justin Tipuric (País de Gales), Louis Picamoles (França).
O jogador: Owen Farrell. O capitão inglês confirmou a sua boa época: disputou todos os jogos – e foi mesmo totalista nos cinco encontros – tendo sido peça-chave nas reviravoltas frente à França e ao País de Gales.
Eddie Jones é o homem certo no lugar certo e, com dois títulos em dois anos, promete não ficar por aqui. O que farão selecções como Irlanda e Escócia para acompanhar a pujança inglesa?
Foto de capa: RBS 6 Nations
Artigo revisto por: Francisca Carvalho