Terminou este Domingo o World Grand Prix, disputado no Guild Hall, situado na cidade inglesa de Preston.
Pela quarta vez esta época, foi Ronnie O’Sullivan a levantar o troféu, em mais uma demonstração de superioridade perante a concorrência.
Na primeira ronda do torneio, de uma forma geral, superiorizaram-se os favoritos. Excepção para o encontro que colocou frente a frente Judd Trump, terceiro da hierarquia mundial, e Michael White (27º). Acabou por ser White a passar à ronda seguinte, ao bater Trump por 4-1.
Na segunda ronda, destaque para um confronto de gerações. De um lado, Ronnie O’Sullivan e a sua vasta experiência e reconhecida carreira de sucesso, do outro o jovem chinês Yan Bingtao, que aos 18 anos se apresenta como uma das maiores promessas do snooker mundial.
Neste caso acabou por ser a experiência a falar mais alto, mas não sem que o chinês demonstrasse a sua qualidade e irreverência, conseguindo levar o encontra para a negra, onde o Rocket venceu por 4-3.
Também Mark Selby esteve em evidência nesta fase, ao derrotar sem dificuldades Neil Robertson (4-0), apurando-se para os Quartos-de-Final.
Xiao Guodong conseguiu a grande surpresa desta ronda, ao bater John Higgins, quinto da hierarquia mundial por 4-3, marcando assim encontro com Ronnie O’Sullivan nos Quartos-de-Final.
Nessa fase, Xiao não teve argumentos para superar o Rocket e acabou por sair derrotado por 5-0.
Mark Selby manteve o mesmo nível demonstrado na ronda anterior e afastou Michael White por 5-2, o mesmo resultado com que Sthephen Maguire bateu Shaun Murphy. No último jogo destes Quartos-de-Final, Ding Junhui venceu Anthony McGill por 5-3 e completou assim o lote de semifinalistas.
Na primeira meia-final, Ronnie O’Sullivan superiorizou-se a Stephen Maguire (6-4) e assistiu no sofá à outra Meia-de-Final, onde se disputava um duelo escaldante entre Mark Selby e Ding Junhui, dois dos melhores jogadores do mundo, mas que têm enfrentado uma época difícil em termos de resultados e viam nesta meia-final a hipótese ideal de dar um pontapé na crise de resultados e chegar a uma final.
Muitas vezes estes jogos que prometem muito no papel, acabam depois por não corresponder, mas não foi o caso deste. O jogo foi tão bom ou melhor do que o esperado e foi apenas na negra que se resolveu este duelo.
Acabou por ser o chinês a levar a melhor, vencendo o encontro por 6-5, chegando assim à final do torneio, algo que não acontecia desde Setembro do ano passado.
O chinês parece começar a dar a volta à situação difícil, que foi abordada no artigo da semana passada.
Apesar da melhoria significativa de Ding Junhui nestas últimas semanas, o chinês ainda não apresentou um nível suficiente para travar um Ronnie O’Sullivan em grande forma-será que alguém o consegue fazer?
Ronnie apresentou-se imperial na final e dizimou o chinês numa final sem grande história. No final da primeira sessão, já vencia por 6-3 e na segunda sessão venceu os primeiros quatro frames sem resposta e fechou a partida em 10-3.
O Rocket somou assim o 32º título da carreira em provas pontuáveis para o ranking, aproximando-se perigosamente do record do já retirado Stephen Hendry, que conta com 36.
Ronnie promete não ficar por aqui e, tendo em conta a época que está a realizar, começa a ser apontado como indiscutível favorito a ganhar o mundial deste ano.
Se um Ronnie em baixo de forma é sempre um nome que não deve ser riscado da lista de favoritos, o que dizer de um Ronnie que já vai com quatro torneios conquistados esta época, em seis finais disputadas?
Depois deste torneio, aos 42 anos, o Rocket garantiu a sua melhor época de sempre, com o maior número de torneios pontuáveis para o ranking conquistados (4), maior número de centuries alcançados (59) e maior quantia de Prize Money recebido.
Tudo isto, numa época que ainda não acabou e que continua já esta semana no Welsh Open, disputado em Cardiff entre 26 de Fevereiro e 4 de Março.
Foto de Capa: World Snooker