Estoril Open – Dia 1: Armada portuguesa com sortes distintas

    Dia agridoce para a armada portuguesa em prova no Millennium Estoril Open, o único torneio português na elite do ténis mundial. Pedro Sousa e João Domingues ultrapassaram as longas batalhas que tiveram pela frente, mas, por outro lado, Gastão Elias, Frederico Gil e João Monteiro, ficaram pelo caminho.

    O dia começou com um “clássico”. Frederico Gil entrou no court à procura de um lugar no quadro principal deste Estoril Open. O tenista português, que foi finalista na “versão anterior” do torneio, em 2010, até entrou da melhor forma na partida, mas deixou-se trair pelo cansaço.

    “Fred” Gil acabou por ceder frente ao norte-americano Tim Smyczek, pelos parciais de 6/4 e 6/2, depois de até ter tido dois pontos de break para 5/3. Infelizmente, e segundo admitiu o próprio na análise ao encontro, a quebra física fez-se notar e Gil foi baixando de rendimento, até acabar mesmo por sair derrotado.

    Sorte inversa teve João Domingues, que garantiu um lugar no quadro principal, ao vencer Corentin Moutet, pelos parciais de 6/4, 2/6 e 6/3, ao cabo de 2h30 de encontro. Uma série de quebras de serviço, quer para um lado quer para o outro, fizeram com que o n.º 207 da hierarquia mundial conseguisse passar, pela segunda vez este ano, a fase de qualificação de um torneio ATP 250.

    Pedro Sousa foi um dos destaques do dia
    Fonte: Estoril Open

    Pedro Sousa seguiu uma receita semelhante a João Domingues. No court principal, o tenista português, considerado um dos mais talentosos da sua geração, sofreu a bom sofrer, tendo terminado o encontro em notórias limitações físicas.

    Apesar das mazelas, o esforço valeu a pena, com Pedro Sousa a levar de vencida a partida frente a Gilles Simon, ex-n.º 6 mundial, pelos parciais de 6/3, 4/6 e 7/6 com 7-4 no decisivo tie-break, ao cabo de quase 3h de jogo. Com esta vitória, Pedro Sousa aguarda agora na segunda ronda por outro Sousa… o João, que tem ainda que ultrapassar a ronda inaugural, frente a Medvedev.

    Pedro Sousa vê esse confronto com bons olhos, “quanto mais não seja por garantir a presença de um Sousa nos quartos-de-final”, disse, já recomposto, na sala de imprensa. O terceiro melhor tenista português da atualidade confessou ainda que, “não esperava chegar vivo ao final do encontro”, admitindo que a tática foi, “apenas sobreviver”.

    Ainda no lote da armada lusa,  João Monteiro “lutou”, no court Cascais, frente a Ricardo Ojeda Lara, um tenista espanhol, muito experiente em Portugal, em torneios do nível mais baixo do circuito mundial.

    No set inaugural, João Monteiro até conseguiu equilibrar o marcador no inicio, mas acabou por ceder por 6/3, mostrando, no entanto, que a lição estava bem estudada, como se veio a verificar no segundo parcial, onde conseguiu vencer por 6/2. Este foi o primeiro, em quatro encontros entre ambos, em que foi necessário disputar o set decisivo, com o espanhol a sair por cima, com um 6/3.

    A encerrar o dia, no que toca ao lote de tenistas portugueses em prova, Gastão Elias pisou o court central para defrontar Alex De Minaur, o jovem australiano de 19 anos, que está em Portugal acompanhado pelo ex-n.º 1 mundial, Lleyton Hewitt e que se apresentou “intratável” em campo. De Minaur não deixou Elias “entrar” em jogo e venceu ao cabo de 90m por 6/3 e 6/1, marcando agora encontro com Kyle Edmund, um dos favoritos à vitória.

    João Sousa entra em prova na terça-feira, dia que se encontra já esgotado, a partir das 15h, logo a seguir ao encontro de João Domingues. O Millennium Estoril Open decorre no Estoril até ao dia 6 de maio, no Clube Ténis do Estoril.

    Foto de Capa: Estoril Open

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    Miguel Dias
    Miguel Dias
    O Miguel jogou ténis durante mais de dez anos, sendo actual vice-presidente do clube ténis da sua terra natal, Almeirim. Para além disso, acompanha a modalidade desde 2008, tendo feito já a cobertura do Portugal Open, entre outros, e tendo sido já comentador convidado da Eurosport para a modalidade.                                                                                                                                                 O Miguel não escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.