A notícia que surpreendeu o mundo do ténis foi dada a conhecer há quase um mês: Serena Williams está grávida e, consequentemente, após um longo período de domínio do circuito WTA, prepara-se para abandonar de forma mais prolongada o lugar cimeiro do ranking mundial. Para os amantes de ténis, pese embora o significativo declínio de qualidade que significa a ausência de Serena Williams do circuito WTA, esta trata-se de uma oportunidade de ouro para perceber o que valem realmente as adversárias da supercampeã norte-americana.
O ano tenístico tem sido marcado, na vertente feminina, pela incerteza ao nível dos resultados decorrente da inconsistência do desempenho das atletas. Estas parecem ser capazes, de semana para semana, do melhor e do pior, como é exemplo a eliminação de Garbiñe Muguruza na primeira ronda em Madrid e do atingimento da meia-final, logo na semana seguinte e na mesma superfície, do Internazionali BNL d’Italia. Este tem sido também o ano no qual a grande surpresa da temporada transata, Angelique Kerber, que chegou mesmo a “roubar” o lugar cimeiro do ranking WTA a Serena Williams, nunca conseguiu ir além dos quartos-de-final nos principais torneios (no Premier Mandatory de Miami).
Roger Federer afirmou recentemente ficar “impressionado” sempre que vê Angelique Kerber jogar, e a verdade é que a tenista alemã tem caraterísticas de extrema relevância no ténis moderno: uma capacidade atlética impressionante para cobrir o court e uma excecional velocidade de reação. Kerber tem no fundo do court a sua zona de conforto e na direita a sua melhor pancada (sobretudo na direita paralela, que lhe permite fazer vários winners); por outro lado, o serviço é o calcanhar de Aquiles da alemã, pese embora esta acabe por obter algum benefício do facto de ser esquerdina.
Foto de Capa: Facebook Oficial de Serena Williams