João Sousa: um ano depois, que balanço?

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    Foi por esta altura que há um ano João Sousa venceu o título do ATP 250 de Kuala Lumpur, primeiro título ATP conquistado por um português. Há poucas horas, foi eliminado na 1.ª ronda do mesmo torneio. Terá sido um ano positivo para o tenista vimaranense? Será que consegue alcançar top 20 mundial?

    Depois de uma época de sonho impunha-se ao português que desse continuidade aos excelentes resultados. A verdade é que o ano não começou da melhor maneira e o primeiro resultado digno de registo só apareceu no ATP 500 do Rio de Janeiro, onde apenas perdeu para Rafael Nadal nos quartos-de-final. Depois disso teve boas prestações nos torneios de Acapulco, Indian Wells e Miami. Contudo, a pior fase da temporada chegou e João Sousa somou oito derrotas consecutivas.

    A passagem da terra batida para a mini-temporada de relva fez bem ao português, que alcançou a segunda ronda em Halle e ainda “roubou” um set a Roger Federer. Na semana seguinte, confirmou a boa forma apresentada no torneio alemão e chegou às meias-finais no Topshelf Open. Em Wimbledon perdeu apenas para o suíço Stanislas Wawrinka.

    O torneio de Bastad marcou o regresso de João Sousa a finais de torneios ATP: perdeu para um super Pablo Cuevas. No verão norte-americano, o português não apresenta quaisquer resultados dignos de registo, exceção feita aos torneios de Cincinnati e ao US Open, onde atingiu a segunda ronda. Por último, a final atingida em Metz representa um enorme alívio para ele, uma vez que tem bastantes pontos a defender até ao final da temporada.

    Só David Goffin conseguiu parar João Sousa em Metz  Fonte: atpworldtour.com
    Só David Goffin conseguiu parar João Sousa em Metz
    Fonte: atpworldtour.com

    Na minha opinião, foi um ano muito positivo para João Sousa. Os resultados obtidos representam a afirmação do tenista luso no mundo do ténis. Mesmo que desça uns lugares no ranking por causa da derrota de hoje, isso não mancha a excelente temporada que tem vindo a realizar. Penso que podemos esperar coisas muito positivas no futuro e que o top 30 é um objetivo realista para João Sousa e Frederico Marques. Traçar objetivos como o top 20 ou mesmo o top 10 é demasiado prematuro.

    Concluindo, podemos e devemos estar orgulhosos de João Sousa. Mas o português ainda pode melhorar: com um maior controlo mental nos encontros surgirá uma maior regularidade nos resultados ao longo da temporada, o pode levar o vimaranense a voos mais altos.

    O ténis português vive os seus dias áureos. Esperemos que assim continue.

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    Do ciclismo ao futebol, passando pelo futsal ou o andebol, quase todos os desportos apaixonam o Duarte. Mas a sua especialidade é o ténis, modalidade que praticou durante 9 anos.                                                                                                                                                 O Duarte escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.