João Sousa e Gastão Elias são os símbolos dos tempos de ouro que o ténis português atravessa, com destaque natural para o vimaranense. Neste mesmo espaço, e por inúmeras vezes afirmei que Sousa é o melhor tenista português de todos os tempos. Ainda não mudei de opinião, ainda…
Todavia, e principalmente nos últimos seis meses, Gastão Elias tem vindo finalmente a concretizar todas as esperanças que nele eram depositadas. O sintrense ocupa atualmente o 57º lugar do ranking ATP. Desta forma, e se levarmos em linha de conta apenas o ranking, já é o segundo melhor tenista português de sempre.
Nesta temporada, os resultados falam por si: duas meias-finais em torneios ATP 250 (Umag e Bastad); mais dois quartos-de-final em torneios da mesma categoria (São Paulo e Estocolmo) e ainda dois títulos de categoria challenger (Turim e Mestre). No meio de tudo isto, conseguiu a sua primeira vitória perante um top10 – frente a Gael Monfils em Estocolmo – e ainda bateu, por exemplo, João Sousa.
No entanto, e apesar da temporada de “afirmação” de Elias, João Sousa ainda está uns degraus acima do sintrense. No ranking, Sousa é 34º e Elias 57º. Em títulos, Sousa já conta com dois e Elias nenhum.
Poderia continuar e, de forma totalmente justa, o vimaranense levaria a melhor sobre Elias. Contudo, não é isso que quero colocar em causa.
Se esquecermos os rankings e olharmos apenas para o ténis que cada um apresenta, a diferença não é muita. Arrisco-me mesmo a dizer que, caso se defrontassem e estivessem ambos no seu pico de forma, Elias acabaria por vencer Sousa.