Com a vitória sobre a Ucrânia na semana passada em Lisboa, Portugal vai ter pela segunda vez na sua história a hipótese de atingir o grupo mundial da maior competição de nações do ténis. Em 1994, João Cunha e Silva, Nuno Marques e Emanuel Couto infelizmente não conseguiram ultrapassar a Croácia de Goran Ivanisevic; 23 anos depois é a vez de João Sousa e Gastão Elias tentarem escrever uma página histórica do ténis português, contra uma Alemanha liderada por Philipp Kohlschreiber e Alexander Zverev.
Não restam dúvidas de que o ténis português está mais forte que nunca, com dois jogadores de nível ATP, mas ainda assim Portugal corre claramente por fora nesta eliminatória. A Alemanha pode não ter nenhum jogador de top 10 mundial, mas Kohlschreiber tem sido uma constante no top 20/25 há quase uma década e Zverev é uma das maiores promessas do circuito e pode bem ser top 10 quando a eliminatória se disputar em Setembro. A vantagem casa de Portugal é também mitigada pelo facto de que os jogadores alemães são fortes em qualquer superfície. Qualquer que seja a superfície escolhida por Portugal, a Alemanha terá os dois melhores jogadores na eliminatória assumindo que ambas as equipas se podem apresentar na máxima força.
Mas a verdade é que ainda é muito cedo para especular sobre esta eliminatória, que só se jogará a meio de Setembro. Muito pode acontecer até lá para mudar as perspectivas das duas nações. Independentemente do que aconteça, não restam duvidas de que o ténis português nunca foi tão forte como agora e, seja este ano ou não, a subida ao grupo mundial parece ser apenas uma questão de tempo.
Foto de capa: João Sousa