Benno Van Veggel, Jorge Mendes e a U-COM constituem a troika que vai tomar conta do Portugal Open a partir de 2015, pelo que tem dado conta a imprensa portuguesa. A notícia é positiva, mas não altera que eu pense que o fim da Lagos Sport marca uma “mudança de regime” no ténis nacional.
Felizmente o Portugal Open vai manter-se em território português, fruto da ligação de um empresário holandês, juntamente com a Polaris Sport, uma das empresas do super-agente Jorge Mendes, e da U-COM, uma empresa de comuncação que trabalha em estreita ligação com o circuito ATP.
Esta é uma fase em que qualquer opinião pode resultar em “barrete”, isto porque as areias movediças em que se move a data do Portugal Open e a licença de realização do torneio nos obrigam a ser prudentes nas opiniões emitidas acerca deste tema.
Ainda assim, e como escrevi no Ténis Portugal, a minha opinião sobre o fim do Portugal Open mantém-se igual: a de que marca o fim de uma era do ténis nacional, uma era (bem) liderada por João Lagos, e que é a oportunidade ideal para repensar a forma de promoção do ténis nacional, com um conceito que permita ao ténis nacional crescer autonomamente a uma grande prova internacional.
Sendo assim, e porque o melhor é opinar depois de ser conhecida uma posição oficial por parte dos novos “detentores” do Portugal Open, aproveito para resumir aquilo que nos últimos dias tem vindo a público acerca do evento internacional de ténis em Portugal.
Facto – O Portugal Open vai continuar em Portugal. A vontade do ATP cumpriu-se e a licença para a realização do evento em Portugal vai mesmo manter-se no país, graças ao empresário Benno Van Veggel.
Facto – Benno Van Veggel é alguém ligado ao ténis em Portugal, tendo jogado no CIF e estando actualmente ligado ao Lisboa Racket Center, que recebeu recentemente os melhores jogadores de padel do mundo. Já venceu titulos, inclusivé pelo Benfica, e foi disputado para jogar a primeira divisão do nacional de clubes.
Facto – Van Veggel encabeça um grupo empresarial que tem investido e que mostra saúde financeira, para além de estar já ligado a um dos clubes de topo de Lisboa e de estar também ligado à U-COM, uma empresa com a vertente de organização de eventos que trabalha em estreita ligação com o circuito ATP.
Boato – Jorge Mendes pode estar “metido ao barulho”. Aliás, o envolvimento do super-agente através da Polaris Sport, que agencia João Sousa, Frederico Silva e Maria João Koehler, é praticamente certo; só não se conhecem ainda os moldes. Há quem diga que Jorge Mendes poderá ter um papel meramente comercial, de angariação de patrocínios.
Incerteza – O torneio feminino. O ATP demonstrou interesse em manter o evento em Portugal, mas quanto ao torneio feminino, que João Lagos tinha posto de parte já há umas semanas, nada se sabe para já.
Este é para já o ponto de situação acerca do Portugal Open, mas é importante ressalvar que até ao momento nenhum dos sucessores de João Lagos falou publicamente sobre o assunto.