US Open 2018 – Antevisão ao Circuito Masculino

    Chegados ao US Open, último Grand Slam da temporada, começa-se a questionar sobre quem será o grande vencedor. Os três Grand Slams, anteriormente disputados este ano, tiveram três vencedores diferentes mas nada surpreendentes, ou não se tratassem dos “suspeitos do costume”. Roger Federer conquistou o Australian Open pela sexta vez na carreira, ao passo que Rafael Nadal venceu pela décima primeira vez Roland Garros e Novak Djokovic venceu Wimbledon pela quarta vez.

    Em termos de favoritismo, não restam grandes dúvidas sobre os principais favoritos a levantar o troféu em Nova Iorque, sendo eles:

    Rafael Nadal – o líder do ranking mundial, após ter vencido com alguma naturalidade o seu 11º título em Roland Garros, conquistou recentemente o ATP Masters 1000 do Canadá, onde venceu sem grande contestação. O espanhol apresentou-se no Masters a grande nível, tanto em termos físicos como psicológicos, abdicando ainda de participar no ATP Masters 1000 de Cincinnati na semana seguinte para não arriscar qualquer possibilidade de lesão ou fadiga durante a sua participação no torneio. Nadal chega ao torneio com a intenção de revalidar o título conquistado em 2017 e na possibilidade de conquistar o US Open pela quarta vez na carreira.

    Novak Djokovic – o tenista sérvio após um início de temporada que parecia antever mais um ano para esquecer, à semelhança do que aconteceu em 2017 após ter sido submetido a uma cirurgia, apresentou resultados muito pouco convincentes com derrotas inesperadas frente a tenistas bem menos cotados em rondas iniciais de torneios. Contudo a chegada à época da relva trouxe muitas alterações. Na fase da temporada de relva, o sérvio voltou a mostrar um bom nível competitivo e a jogar sem pressão, não era um dos principais favoritos ao título em Wimbledon mas acabou por arrecadar o troféu e festejar o seu 13º título do Grand Slam. No ATP Masters 1000 de Cincinnati, o sérvio apresentou um nível bastante próximo daquele que o fez tornar num dos tenistas mais difíceis de defrontar, vencendo o único título Masters 1000 que ainda não tinha no palmarés. Djokovic apresenta-se em Flushing Meadows no 6º lugar do ranking ATP e com a ambição de tentar vencer o torneio norte-americano pela terceira vez na carreira.

    Roger Federer – o suíço, após uma excelente entrada na época com a conquista do Australian Open, abdicou de toda a temporada de terra batida e consequentemente dos Masters 1000 de Monte Carlo, Madrid e Roma, e ainda de Roland Garros. O suíço nesta fase já bastante adiantada da carreira tem feito uma gestão de esforço, disputando poucos torneios, abdicando daqueles em que na teoria teria menos hipóteses de conquistar. Federer, ainda que sem a frescura de outros tempos, continua a mostrar um excelente nível que ficou bem patenteado durante o ATP Masters 1000 de Cincinnati, onde perdeu apenas na final para Djokovic. O tenista suíço chega a este torneio como nº 2 do ranking ATP e focado na possibilidade de aumentar o recorde de títulos do Grand Slam que lhe pertence (atualmente 20) e de conquistar o seu sexto título em Nova Iorque, tendo o último sido conquistado em 2008.

    Após uma épica meia final em Wimbledon, desta vez o encontro entre ambos só é possível numa hipotética final
    Fonte: ATP World Tour

    Olhando para o nível de ténis apresentado pelos três tenistas, Rafael Nadal e Novak Djokovic chegam a Nova Iorque com um ligeiro favoritismo em relação a Roger Federer. O suíço parte um pouco atrás do espanhol e do sérvio que chegam a Nova Iorque recém campeões dos importantes ATP Masters 1000 do Canadá e Cincinnati, respetivamente. Caso Djokovic e Federer vençam os respetivos encontros ao longo do torneio, está em perspetiva uma final antecipada com ambos a poderem defrontar-se nos quartos de final da competição.

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    João Pereira Rodrigues
    João Pereira Rodrigueshttp://www.bolanarede.pt
    Algarvio de gema mas portista de coração, cresceu a ver o FC Porto conquistar tudo, pode-se dizer que teve uma infância feliz. É amante e aficionado do desporto em geral, mas é no futebol, ténis e ciclismo onde mais vibra desde criança.                                                                                                                                                 O João escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.