Nem tudo pode ser perfeito, e por vezes as coisas correm como não queremos. O jogo com o Marítimo foi um percalço que teremos de saber e de conseguir superar, pois a fibra dos campeões é alimentada destas pequenas contrariedades que fazem crescer e unir equipas, como foi bem visível na temporada transata, onde fizemos um arranque de época fraquíssimo, mas aos poucos fomos crescendo e ficando mais unidos do que nunca, união essa que culminou com a conquista de dois títulos a nível nacional e com uma excelente campanha europeia.
Apesar de o jogo com o Marítimo ter sido disputado na sexta-feira, esta semana a equipa às ordens de Rui Vitória terá nova prova, desta vez para a Liga dos Campeões. Na terça-feira o Benfica sobe ao relvado da Luz às 19:45 para defrontar o Nápoles, sendo este o único adversário do grupo que conseguiu derrotar o Sport Lisboa e Benfica na presente edição da Liga Milionária, derrota esta pautada por uma exibição paupérrima da equipa vermelha e branca, lembrança esta que todos esperamos conseguir esquecer depois dos 90 minutos do jogo de terça-feira.
Sendo este o último jogo da fase de grupos da prova, é imperioso conseguir um bom resultado para que a turma encarnada se qualifique para a próxima etapa da Liga dos Campeões, o que faria com que o clube vermelho e branco realizasse um bom encaixe financeiro e que os jogadores recebessem uma grande dose de confiança para as restantes competições que continuam a disputar. Em igualdade pontual, a equipa Italiana e o líder do Campeonato Português terão pela frente um jogo de nervos, uma vez que a distância pontual para o terceiro classificado do grupo é de apenas um ponto, sendo assim imperioso vencer para que uma equipa ou outra se qualifiquem de forma tranquila.
Para levar esta equipa de vencida, o Benfica terá de realizar um jogo pautado pela atenção e pela concentração, pois neste tipo de competição os erros, por muito pequenos que sejam, pagam-se bastante caros.
É importantíssimo que a turma encarnada apresente um bloco defensivo bastante coeso e atento, pois o Nápoles tem jogadores fortíssimos no ataque e que a qualquer momento podem fazer a diferença. Outro factor que poderá ser importante para este jogo é a capacidade de sofrimento que a turma encarnada terá de apresentar, uma vez que ambas as equipas não querem perder, o que tornará o jogo numa autêntica final, onde até os lances menos importantes se tornarão em autênticos duelos de raça e de vontade.
Espera-se, então, que a equipa orientada por Rui Vitória esqueça o desaire na Madeira, que faça um grande jogo, e que volte uma vez mais a mostrar a toda a Europa que o Benfica tem qualidade e que em Portugal também há grandes equipas e grandes profissionais, coisa que parece que tem vindo a ser esquecida ao longo dos anos pelas “grandes” equipas do velho continente.
Texto revisto por: Carlos Valente
Foto de capa: SL Benfica