Jonas agrada aos olhos mais exigentes deste desporto. Não há como criticar, não há como apontar um único defeito. É um dos avançados mais completos da europa – renascido desde que trocou o Valência pelo Benfica. Mas importa focar no presente, no eletrizante momento que o atacante encarnado vem a fazer conservar encontro após encontro.
O “pistolas”está no melhor momento da carreira. Sem lesões, sempre “fresco” ao longo da partida e cada vez mais volúvel no que concerne às modificações posicionais. Tiro o chapéu ao motivador destas ações: Rui Vitória. O técnico do SL Benfica tem-se mostrado circunspecto ao retirar o brasileiro, normalmente, vinte minutos antes de o jogo acabar, por vezes a dez minutos de findar a partida – com o objetivo de poupar o experiente jogador de 33 anos.
Eu fui crítico do modelo 4-3-3 aliado a Jonas, e, agora, tenho de reconhecer que o brasileiro encaixa muito bem neste modelo – ressalvo que agora há Krovinovic (ou havia, depois da lesão no jogo com o Chaves), o que faz toda a diferença. Krovinovic tem a capacidade de apoiar Jonas, percorrendo toda uma trajetória típica de um médio “Área-a-área”.
Jonas leva 26 golos em 30 jogos no total das competições. Já marcou por 23 vezes em 19 jogos no campeonato. É natural pensar-se que a bota de ouro não só é possível, como é provável que venha a ser calçada no pé direito de Jonas. Mas é preciso irmos com calma. Não é uma tarefa fácil, uma vez que como ordenam os regulamentos da UEFA, os jogadores das primeiras seis ligas do ranking veem os seus golos serem multiplicados por 2 – enquanto que nas outras ligas, caso da portuguesa (na sétima posição), os jogadores veem os seus tentos serem multiplicados, somente, por 1,5. Edison Cavani e Mauro Icardi são exemplos de jogadores com menos golos marcados no seus campeonatos (20 e 18, respetivamente), porém com mais pontos do que o 10 do SL Benfica.
Foto de Capa: SL Benfica