Carta Aberta a Luís Felipe Vieira

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    Senhor Presidente,

    Findo mais um mercado de transferências, novo período destinado ao reforço da equipa para uma nova época, um novo ataque aos vários títulos em que o Benfica está todos os anos inserido, venho aqui expor os meus pensamentos, como benfiquista e cidadão livre.

    É verdade que no mercado não andamos só nós por lá e, devido às épocas de elevado nível, os nossos colegas são abordados e aliciados a sair para outros horizontes, outros campeonatos, outras andanças, fazendo com que alguns deles acabem por nos deixar apenas as memórias no regresso ao trabalho para revalidar títulos e conquistar troféus. No entanto, cabe a nós, Benfica, fazer abordagens e aliciar também outros jogadores e transformá-los em novos colegas para ocupar o lugar dos que partiram de lágrima no olho e com um lugar no coração pintado de vermelho e branco. Porque cá ninguém é insubstituível, há que renovar, mantendo o mesmo nível, prevendo o futuro de modo a que no fim, o desfecho seja o mesmo que se verificou no final destas quatro épocas transatas.

    Introduzindo o que quero por aqui falar, não em forma de crítica, mas em forma de análise, exponho aqui a minha visão como adepto que quer ver o Glorioso a conquistar, repetidamente, glórias, claro está.

    Gabigol foi uma das transferências de última hora a chegar ao Benfica Fonte: SL Benfica
    Gabigol foi uma das transferências de última hora a chegar ao Benfica
    Fonte: SL Benfica

    Sem nunca perder a fé no trabalho dos nossos atuais colegas, temo ver um Benfica à procura de soluções com as saídas. Vejo um defesa direito que só a 31 de agosto se juntou a nós, um Gabigol que ao lateral se fez acompanhar no mesmo dia. Vejo defesas centrais como Luisão e Jardel, veteranos, e Kalaica e Rúben Dias, iniciantes no nosso campeonato. Terá sido seguro não ter abordado este setor no mercado?

    Vejo a baliza com um jovem de 22 anos à frente, um com 18 acabado de chegar e um veterano de 38 que recorrentemente se lesiona. Olhando para o futuro, estaremos prontos, mas para o agora será suficiente?

    Vejo um Fejsa imperial, mas que tantas vezes nos tem de deixar o lugar vago por lesões, onde Samaris e Filipe Augusto desesperam por preencher. Não teria sido decente aliciar um jogador de topo para esta posição?

    Vejo muitos jovens a combater por um lugar no onze, vejo posições com juventude pronta para se mostrar, para cometer erros infantis e os resolver para mostrar que são suficientemente bons para jogar no Benfica. Porque sim, é preciso estar num certo patamar para cá chegar, para cá jogar e defender as cores do manto sagrado. Não pode ser qualquer um a vestir esta camisola.

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    Pedro Afonso Estorninho
    Pedro Afonso Estorninhohttp://www.bolanarede.pt
    Desde pequeno que o Benfica faz parte da vida do Pedro Estorninho. Avô e pai benfiquistas deixaram-lhe no sangue a chama das águias. A viver nos Açores nunca teve muitas oportunidades de ver o clube ao vivo, mas os estudos trouxeram-no à capital, onde pode assistir de perto aos jogos do tricampeão. A paixão pela escrita sempre foi algo dentro dele que nunca conseguiu mostrar e surge agora a oportunidade de juntar o melhor dos dois mundos.                                                                                                                                                 O Pedro escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.