Carta aberta a Victorino Maximiliano

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    Sim, o nome parece sugerir que vou escrever para um rei do século XVI, inglês, carregado de classe, elegância e elogios. Na realidade, vai ser um argumento cheio de impropérios e ofensas subentendidas ao ranhoso que marcou o golo do FC Porto no empate a 1-1 no Estádio da Luz

    Olhar para a carreira deste monte de cocó é perceber que mais tarde ou mais cedo ele iria trair o Benfica. Se não vejamos. Antes de ele dar o salto para o futebol europeu, este cruzamento amoroso entre uma toupeira-cega e o pai do Emplastro, passou por uma equipa chamada Defensor Sporting. Percebem? Sporting? O gajo ainda nem tinha chegado ao Benfica e já tinha arzinho de maçã podre.

    Não de estranhar que depois de marcar no sábado ele tenha festejado. Ainda há quem pergunte, mas porquê? Porque é que ele foi fazer aquilo? Não digo marcar, porque isso é perfeitamente normal e ele não queria perder o jogo, mas festejar daquela maneira? Era mesmo preciso?

    Claro que sim. Esta gente que devia ser fecundada por trinta chimpanzés Bonobo para ver se aprende a não cuspir no prato onde já comeu só está bem a ter este tipo de atitudes. O pessoal nem ficava chateado se ele marcasse e fizesse o que é normal, remeter-se ao silêncio e à ausência de festejos, aceitando as coisas como elas são, mas não, teve de exibir e gesticular se estaria a ouvir os adeptos do Benfica a rogarem-lhe pragas.

    Maxi Pereira terminou contrato e não renovou com o Benfica Fonte: Sport Lisboa e Benfica
    Maxi Pereira terminou contrato e não renovou com o Benfica
    Fonte: Sport Lisboa e Benfica

    A verdade é muito simples. Nós, Benfica, demos quase tudo ao Maxi. Ele não teria boa parte do estatuto que tem hoje, apesar de antes já ter envergado a camisola da selecção do Uruguai, se não tivesse vindo para o Benfica. Não teria o status que tem se alguém, algures, na estrutura do Benfica não tivesse pensado: “Olha lá, e o que é que achas daquele miúdo do Sporting lá dos Uruguais para lateral-direito?”. Mais, ele não teria ido para o Porto, onde supostamente iria ganhar mais troféus e ter mais sucesso, quando na realidade só foi ganhar mais dinheiro, se alguém não apostasse nele e isso foi o Benfica que o fez.

    O Benfica deu tudo ao Maxi mesmo sabendo que ele tem aquela verruga na cara. Vocês dariam alguma coisa a um sujeito que de cara parece trabalhar para um senhor da droga mexicano? Claro que não! O Maxi devia ter mais respeito pelos Benfica e pelos benfiquistas que o apoiaram mesmo quando ele não jogava um real….

    Maxi, se por algum acaso do destino leres isto, só quero que saibas uma coisa. Acho a francesinha do Porto sobrevalorizada.

    Foto de capa: FC Porto

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    João Valente
    João Valentehttp://www.bolanarede.pt
    João Valente é um apaixonado pela arte do futebol. Nascido e criado durante boa parte do tempo em Lisboa, começou a seguir este desporto com uns tenros quatro anos e, desde então, tem sido um namoro interminável. É benfiquista de gema – mas não um que só vê Benfica à frente! É alguém que sabe ser justo quer o Benfica ganhe ou perca e que está cá para salientar os porquês, na sua opinião, dos resultados. Como adepto de futebol que é não segue só a atualidade do futebol português; faz questão também de acompanhar a par e passo o que de mais importante acontece nos principais campeonatos. A conjugar com o seu interesse pelo futebol, e pela malha, desporto que descobriu porque o seu avô era campeão lá na rua, veio a escrita, forma que encontra de expor os seus pensamentos na esperança de um dia se tornar num grande jornalista de desporto, algo que dificilmente acontecerá mas, tudo bem, ele um dia há-de perceber isso.                                                                                                                                                 O João escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.