“Eu só queria ser jogador da bola”. Esta frase que é proferida por Eusébio da Silva Ferreira, mais que uma vez, ao longo do filme poderia sintetizar tudo o que possamos dizer sobre a estreia emocionada deste pedaço de vida de uma das maiores figuras do futebol português e mundial.
Esta simplicidade, nas palavras de Rui Costa à imprensa presente, representa “a maior lição que podem[os] ouvir de alguém que do nada chegou a melhor do mundo. É uma enorme lição de vida”.
Mas os elogios nostálgicos foram uma constante, sendo evidente a marca e as memórias que o Pantera Negra deixou para os Benfiquistas em particular e para os amantes do Futebol em geral.
Ninguém ficou indiferente, ninguém quis faltar. Entre as cerca de seis centenas de pessoas presentes no Centro Cultural de Belém, que contou com a presença do Primeiro-ministro, António Costa, estiveram presentes o Presidente da Assembleia da República, Ferro Rodrigues, o Presidente do Benfica, Luís Filipe Vieira, e antigas glórias dos ‘encarnados’, como Toni, Rui Águas e Humberto Coelho e ainda figuras das mais diversas áreas incluindo ilustres adeptos de outros clubes como o caso de Rogério Alves, conhecido comentador sportinguista.
Eusébio tinha efectivamente este poder, esta força de unir à sua volta aqueles que gostavam de Futebol.
E tinha também a capacidade de deslumbrar, de proporcionar àqueles que compravam bilhete um espectáculo inesquecível.
Até nisso Eusébio era à frente do seu tempo! Tendo sempre bem presente a preocupação constante de proporcionar espectáculo e emoção ao público que amava o futebol e que pagava por isso.
Houve ainda tempo para algumas curiosidades, como as declarações inéditas do ex-Presidente do Benfica Manuel Vilarinho sobre a intervenção de Salazar impedindo a saída de Eusébio para Itália após o Mundial de 1966.
Em exclusivo para a Bola na Rede, Manuel Vilarinho garantiu que a verdadeira razão para Eusébio não ter saído de Portugal foi o facto da Federação Italiana ter dificultado a entrada de jogadores estrangeiros no país depois da eliminação por 1-0 da selecção italiana aos pés da Coreia do Norte algo, até hoje desconhecido para o público em geral.
Pela emoção, pela nostalgia, pelas memórias de uma era dourada do Benfica e da Selecção Nacional acreditamos estarem reunidas todas as condições para um filme a não perder para todos os apaixonados pelo Benfica e pelo futebol português.