O Benfica já tem opções bastante válidas para o meio-campo. Será mesmo urgente a contratação de Gabriel?
O Benfica dispõe atualmente de Pizzi, Krovinovic, Zivkovic e Gedson Fernandes para a posição de médio interior. Krovinovic está a recuperar de lesão e regressa em setembro mas, analisando bem, acaba por perder apenas um mês de competição. Quando estiver pronto com certeza vai ocupar um lugar no onze.
Pizzi é, para já, indiscutível. O baixo rendimento da época passada não fez com que o internacional português perdesse qualidade e esta pré-temporada até parece mais confiante e com vontade de melhorar. Quanto a Zivkovic, é uma incógnita perceber se vai jogar a médio interior ou a extremo. Independentemente da posição está na linha da frente para o onze, ainda que considere que precisa de melhorar alguns aspetos ao nível competitivo.
Resta Gedson, que se está a apresentar a toda a força. Tem tudo o que um médio precisa de ter e se Rui Vitória lhe der uma oportunidade no onze é bastante provável que o jovem talento a agarre.
Todos, sem exceção, têm qualidade para estar no onze. São quatro médios para duas ou três posições, dependendo do sistema tático. Gabriel, o brasileiro de 24 anos do Leganés, é assim tão necessário? Esta introdução serve para dizer que… sim! Se Gabriel comprovar todas as suas credenciais, é um reforço excelente. E quem é que se pode queixar de ter demasiada qualidade no plantel?! A qualidade serve para reforçar a competitividade no treino e aumentar o leque de opções para diferentes contextos, seja em competições internas ou na Champions.
Recordo-me que no primeiro ano de Jorge Jesus o avultado investimento me causou alguma perplexidade. Havia opções a mais para um só onze. Mas o dinheiro gasto acabou por se traduzir, nos resultados e na estética, numa das melhores épocas das últimas décadas do Benfica.
Por isso, sim, Gabriel, se for bom, é bem-vindo. A qualidade nunca é de mais!
Foto de Capa: SL Benfica