Lendas do universo benfiquista: Simão Sabrosa

    Não há benfiquista da minha humilde geração que não dê um suspiro repleto de nostalgia quando ouve falar do “nosso” Simão Sabrosa, jogador que, desde o primeiro ao último jogo de águia ao peito, fazia vibrar desde os mais pequeninos aos mais graúdos.

    Simão Pedro Fonseca Sabrosa nasceu em Vila Real a 31 de outubro de 1979 e começou a sua carreira futebolística nas camadas jovens do Sporting CP aos 15 anos, tendo-se mudado para Lisboa e tendo virado para si todos os holofotes. Com apenas 17 anos estreou-se na equipa principal do Sporting e, no ano seguinte, fez o seu primeiro jogo pela seleção A, frente a Israel, onde marcou um dos golos. A época da reviravolta na sua carreira foi a de 98/99, sendo Simão presença assídua no plantel dos leões e tendo marcado 10 golos, despertando assim bastantes olhares. Acaba então por rumar a Espanha, vestindo a camisola do gigante Barcelona, onde ficou por duas temporadas.

    Depois de duas épocas meio apagadas em Camp Nou, onde um vasto plantel de estrelas atuava (incluindo Luís Figo) e onde não havia “espaço” para brilhar, Simão Sabrosa regressa a Portugal, desta vez para representar o Sport Lisboa e Benfica. Foi na nossa muy nobre casa que Simão Sabrosa realizou exibições de alto calibre, exibições essas que, combinadas com o seu profissionalismo quanto futebolista e talento nato para marcar livres, o levaram a ser a figura de maior destaque de todo o plantel, acabando por desempenhar também o papel de capitão de equipa.

    Um dos momentos mais recordados pelos benfiquistas e um dos golos mais icónicos de Simão de águia ao peito tenha sido, talvez, o golo marcado de livre direto frente ao Liverpool, nos oitavos de final da Liga dos Campeões, na época 2005/2006. É também bom recordar que Simão Sabrosa é um dos jogadores do Benfica que mais golos marcou frente ao rival Sporting CP, tendo sido um deles também de livre. Ao todo foram 94 os golos que marcou ao serviço do Benfica, tendo realizado um total de 230 jogos.

    Simão Sabrosa foi uma das figuras mais influentes do SL Benfica
    Fonte: FIFA

    Ao longo das seis épocas na Luz, Simão conquistou também vários títulos: logo na época 2002/2003 ganhou o troféu de melhor marcador da Liga NOS, tendo marcado 18 golos; na época 2004/2005 conquista o campeonato nacional e, em 2006, conquista ainda a supertaça. É ainda considerado futebolista do ano 2007, mesmo antes de voltar a Espanha, desta vez ao serviço do Atlético de Madrid, por 20 milhões de euros.

    Foi no clube madrileno que Simão ganhou os seus títulos internacionais, entre eles uma Liga Europa em 2009/2010. Durante as três épocas em que vestiu a camisola dos colchoneros realizou um total de 171 jogos e marcou 31 golos. No inicio do ano 2011 ruma à Turquia ao serviço do Besiktas onde não ficou por muito tempo, tendo regressado um ano depois novamente a Espanha para representar o Espanyol e tendo terminado a carreira em 2016 no NorthEast.

    No que toca à seleção das quinas, é um dos jogadores com mais internacionalizações, tendo realizado ao serviço de Portugal um total de 85 jogos e tendo marcado 22 golos. Durante o auge da sua carreira foi sempre um dos jogadores mais chamados por todos os selecionadores. O seu último jogo foi em 2010, frente à Espanha, onde perdemos por uma bola a zero.

    Entre Portugal e Espanha, de rival em rival, foi por onde Simão Sabrosa andou grande parte da sua carreira, sendo inegável que foi no Sport Lisboa e Benfica onde foi mais feliz. E por ter sido tão feliz e por nos ter feito tão felizes, Simão é hoje uma indiscutível lenda do universo benfiquista.

    Foto de Capa: UEFA

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    Vanda Madeira Pinto
    Vanda Madeira Pintohttp://www.bolanarede.pt
    “Louca da cabeça” pelo SL Benfica e com um olho sempre atento ao Real Madrid, a Vanda vibra com o mundo do futebol desde pequenina. Jogou futsal até aos 17 anos, tendo trocado a bola pela paixão pelas letras. Atualmente joga no campo da linguística onde é bastante feliz.                                                                                                                                                 A Vanda escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.