Kostas Mitroglou é o homem de quem tanto se tem falado na última semana. De pé quente, o internacional grego tem feito o povo Benfiquista sorrir e sonhar. Os seus remates certeiros às balizas adversárias já não são novidade, mas os encontros com o Borussia Dortmund, na Luz, e com o Sporting de Braga, na Pedreira, onde foi herói, puseram o goleador nas bocas do mundo, pelos melhores motivos.
Numa partida a contar para a primeira mão dos oitavos de final da Liga dos Campeões, o Borussia Dortmund vinha a Lisboa para tentar marcar o maior número de golos possível e levar para casa uma vantagem confortável. No entanto, os alemães não só ficaram em branco, como ainda saíram em desvantagem. E o grande ‘culpado’ disso foi Mitroglou. Na sequência de um cabeceamento de Luisão, depois de um canto batido por Pizzi, o grego, de 28 anos, estava no sítio certo e disparou a bola para a baliza de Bürki, deixando o Estádio da Luz ao rubro. Graças a esse tento, o seu primeiro na Liga dos Campeões esta época, o Benfica parte mais perto do sonho para a segunda mão, com vantagem sobre a equipa comandada por Thomas Tüchel.
Cinco dias depois, o Benfica deslocou-se a Braga para disputar a 22.ª jornada da Liga NOS, naquele que seria o 50.º jogo de Mitroglou no campeonato. Seria nessa noite que faria ainda o golo número 20 ao serviço do Benfica, esta temporada. Numa jogada individual, já aos 80 minutos, o avançado fez um brilharete e agitou as malhas da baliza dos minhotos e as bancadas da Pedreira. As águias venceram por margem mínima e regressaram à liderança da tabela classificativa.
Sexta-feira, diante do Chaves, o grego voltou a ser decisivo. Fez o 1-0 para o Benfica, no Estádio da Luz, e marcou ainda o golo que ditaria o resultado final (3-1). Este foi o seu quinto jogo consecutivo a atirar para o fundo das redes dos adversários, conseguindo a sua melhor marca pelo SLB.
Chamem-lhe abre-latas ou saca-rolhas… A verdade é que Mitroglou tem sido preponderante e vai mudando jogos e resultados, e os Benfiquistas estão rendidos à sua veia goleadora. Até agora, como o seu golo mais importante no Benfica, destaco logo aquele que gelou Alvalade, catapultando os encarnados para a frente do campeonato. Depois, temos também o golo do empate em Coimbra, frente à Académica, onde o Benfica acabou por vencer por 1-2, ou o golo ao início da segunda parte, que inaugurou o marcador, contra o Marítimo, nos Barreiros, ambos na época passada.
Agora, o grego soma e segue. Motivos mais do que suficientes para os ingleses do Fulham, antigo clube do avançado, lamentarem a sua saída para os encarnados, depois de o terem considerado um flop, quando por lá passou. Também o técnico do Olympiacos, Míchel, que treinou Mitroglou entre 2012 e 2015 deixa uma palavra de apreço ao jogador, enaltecendo que ele é «um avançado magnífico». Katsouranis, antigo médio do clube da Luz, vai mais longe e considera Mitroglou «o melhor jogador grego da atualidade».
Nada de novo, no entanto. Desde que o avançado helénico chegou ao Benfica que habituou os adeptos a festejar os seus golos. Faltam-lhe somente cinco para igualar a sua melhor marca profissional, alcançada no último ano. Tem mais do que tempo suficiente para o conseguir. Mas não é só de golos que o camisola 11 vive de águia ao peito: é também bastante influente nas assistências, por exemplo. Não precisa de muito para marcar, e resolve. Agradam-me avançados deste género no Benfica. Mitrogolo vai deliciando os adeptos e cumprindo bem a sua função: pôr a bola lá dentro.