Esta semana trago-vos um texto sobre o clássico que mais me marcou. É difícil escolher visto que muitos foram importantíssimos, determinantes para o momento, tristes, inesquecíveis e até inimagináveis.
A minha escolha vai para uma vitória, por dois a zero, no Estádio do Dragão. Estávamos no dia catorze de Dezembro e o Benfica ia visitar o terreno do FC Porto que, na altura, tinha uma equipa recheada de craques: Casemiro, Tello, Óliver, Jackson, Danilo e tantos outros. O Benfica chegava ali para mostrar que, mesmo com jovens promessas riquíssimas em qualidade, seria o símbolo maior do futebol português a triunfar.
Eu, vinha a correr de Lisboa para Aveiro para tentar chegar a tempo de ver o jogo de início. Vi num café, numa pequena tasca recheada de adeptos dos dois clubes. O Benfica, esse, abriu o marcador logo na primeira parte com um golo de joelho por parte de Lima. Lembro-me que Maxi lançou a bola da linha lateral, ela lá foi saltando e o último toque foi o joelho do avançado brasileiro. O golo silenciava as bancadas daquele Estádio e em particular daquele topo, o topo da claque dos Super Dragões. Lima festejava e o Benfica mostrava ali que queria vencer. No geral, o Benfica não sufocou o Porto.
Aliás, jogou muitas vezes na retranca e a tentar apostar no contra-ataque. Foi assim que, na segunda parte, Lima bisava na partida e fechava o marcador. Fabiano não defendeu um primeiro remate de um jogador do Benfica e Lima apenas teve de encostar para dentro das redes do guardião brasileiro. O Benfica mostrava ali que naquele ano seria um coletivo unido e superior ao FC Porto que tinha apostado tudo na estruturação de uma quase nova equipa.
Nessa equipa estava um jogador pouco agradado para os adeptos encarnados: Quaresma. O extremo não foi escolha inicial de Lopetegui para este jogo e, com o primeiro golo sofrido, acabou a descarregar tanta raiva no banco de suplentes que o danificou. Uma das imagens mais agressivas do encontro no Dragão.
Este foi o (um dos) clássico que mais me marcou pois provou aquilo que muitos não queriam acreditar: que o Benfica era superior ao FC Porto. Desejo assim que no próximo Domingo, desta vez em nossa casa, acabemos por voltar a provar que os campeonatos se ganham com união. E este ano, também a par do Porto, somos um grupo como aquele de 2014, muito unido!
Foto de Capa: SL Benfica
Artigo revisto por: Beatriz Silva