Júlio César confirmou esta terça feira a rescisão do seu contrato com o Benfica. Quase três anos e meio e sete títulos depois, o guarda redes encarnado decidiu que tinha chegado o seu tempo. Tudo indica que este se vai retirar dos relvados, mas tal ainda não foi confirmado. De qualquer maneira, é bom relembrar os momentos por cá vividos com Júlio César.
O guarda redes então responsável pela baliza da seleção brasileira chegou ao clube da Luz no verão do 7-1 frente à seleção alemã. Depois de uma saída atribulada de Oblak, Júlio César foi o escolhido para ser dono e senhor da baliza encarnada. E que prazer poder contar com um guarda redes destes em Portugal.
A sua primeira temporada foi exemplar e ninguém pareceu sentir falta do guarda-redes esloveno. Em 30 jogos, Júlio sofreu apenas 17 e conquistou a Taça da Liga e foi campeão. Que mais podíamos pedir? Outra época igual. E então a segunda temporada de águia ao peito manteve o mesmo registo, voltando a ser campeão e a conquistar a Taça da Liga. No entanto, dia cinco de Março de 2016 Júlio César lesionou-se já no aquecimento do jogo frente ao Sporting em Alvalade, onde Ederson assumiu a baliza. A partir desse momento, o guarda-redes veterano, que procurava um clube onde a titularidade fosse quase certa, regressou para o banco. Ainda assim, prolongou o seu contrato com o Benfica.
Ederson, o miúdo brilhante, conquistou o treinador dos encarnados e assumiu as rédeas, tendo Júlio César passado a ser apenas o segundo guarda redes. Muito prejudicado pelas lesões, o veterano não voltou a assumir a titularidade.
No início da presente época, com a saída de Ederson e a contratação de Bruno Varela para tapar a falta de um outro guarda redes, tudo parecia favorável para Júlio César retomar ao posto de guarda-redes titular, mas, mais uma vez, as lesões traíram o Imperador e levaram-no de volta ao banco, para dar lugar a Bruno Varela.
Não surpreendentemente, o ex-sadino não foi convincente o suficiente e o “menino” Svilar foi o novo escolhido para as balizas da Luz. Trocas e mais trocas, lesões e gripes, levaram Rui Vitória a alternar entre os dois jovens recém chegados. O Imperador foi atirado para o posto “Paulo Lopes”.
Lesões e “não presenças” nas convocatórias terão, provavelmente, levado Júlio César a tomar esta decisão.
Assim, hoje, o Imperador disse adeus ao Benfica, tendo rescindido amigavelmente com o clube, e deixou presente a forte possibilidade de terminar aqui a sua carreira.
Resta agradecer a Júlio César tudo o que fez durante os seus 20 anos de carreira.