O texto de hoje foca-se numa das futuras “dores de cabeça” de Rui Vitória. O passado recente do lado direito da defesa contou com nomes de grande qualidade como Miguel, Nélson, Maxi Pereira e agora Semedo. Os antecedentes de Nelson Semedo saíram da Luz por razões diferentes, mas temos de aprender com a saída de Miguel aquilo que deve ser feito com uma futura saída de Nélson Semedo.
Depois de no ano passado, época de estreia, ter se lesionado com gravidade e ter falhado num elevado número de jogos, o jovem jogador está agora a realizar uma época estrondosa às ordens do mister Rui Vitória. Quando o camisola 50 surgiu na equipa, ainda na pré-época do ano passado, muitos foram os adeptos que ficaram desconfiados da aposta. Depois de perder um jogador completo como era Maxi Pereira, o raciocínio dos adeptos foi para a compra de um passe de um jogador de fora. Erraram. O técnico português apostou no jogador da equipa B e acabou por acertar em cheio. Nélson Semedo mostrou desde aí um jogo bastante limpo, com poucas faltas, boa coordenação nos processos defesa-ataque, bom jogo ofensivo e rapidez na descida no terreno. Contudo, sempre que se junta um bom jogador com uma idade nova, os “abutres” surgem e começam os milhões a surgir. A estes dois fatores, junta-se o facto de atual muitos clubes Europeus (tubarões) estarem com défice de jogadores para aquela posição. O Bayern de Munique, o Manchester United, o Real Madrid, o Barcelona, o Manchester City, a Juventus, o Borussia Dortmund, entre outros, são ricos clubes que, mesmo tendo alternativas para o lado direito da defesa, acabam por ter dinheiro suficiente para reforçar a posição. Podemos assim dizer que Nélson Semedo está quase em “leilão”.
Pensando já numa futura saída do jovem jogador, Rui Vitória conta com 3 alternativas para o sector. André Almeida (defesa direito durante uma grande parte da época passada), Pedro Pereira e Hildeberto.
André Almeida, não sendo aquilo que se procura, cumpre quando precisamos dele. Mais defensivo que ofensivo, o internacional português é, a meu ver, uma escolha para estar presente no banco de suplentes. Pedro Pereira, reforço deste ano do Benfica, chegou a Portugal depois de uma experiência em terras italianas. A experiencia italiana trouxe-nos um jogador que cumpre aquilo que gosto de ver: um lateral completo. O facto de se jogar em Itália com laterais que correm o corredor todo, faz de Pedro Pereira um jogar que pode facilmente substituir Semedo. Hildeberto é o craque da formação. Depois de deixar tudo em campo nos relvados do Seixal, está agora a crescer emprestado ao Nottingham do Reino Unido. O jovem jogador chegou a Inglaterra rotulado de defesa direito, mas tem sido na frente de ataque, a extremo direito, que tem sido utilizado. No final da época, em junho, deverá regressar a Portugal e irá ser decidido o seu futuro. A entrada de um jogador do Seixal nas escolhas de Rui Vitória agrada-me imenso e tanto como André Almeida, Pedro Pereira e Hildeberto, cresceram na casa que forma ano após ano, craques.
Entre todas as opções, inclusive a compra de um jogador, continuo a preferir a permanência de Nélson Semedo.