Que futuro para os emprestados?

    O texto desta semana foca-se na análise aos jogadores que o SL Benfica emprestou esta época e que estão sobre vigilância de Rui Vitória. Hoje não é Rui Vitória a analisar, mas sim eu.

    Começando pelo sector defensivo, o primeiro nome é César. O central brasileiro chegou aos encarnados na época de 2014 e concretizou apenas 11 jogos de águia ao peito. As faltas de oportunidades levaram o brasileiro a regressar ao Brasil para representar nas duas épocas seguintes o Flamengo. Este ano, o destino foi a região da Madeira. O Nacional adquiriu por empréstimo o jogador e já concretizou 19 encontros. Os problemas do plantel no inicio da época levaram, na altura, Manuel Machado a apostar no brasileiro para fazer a posição de trinco e defesa direito. Parece-me que será difícil ver o jogador de 24 com titular frequente do Benfica. Além da (pouca) qualidade que mostra o brasileiro, o sector dos encarnados conta com um suficiente número de alternativas e na equipa B está ainda Ruben Dias. O brasileiro deverá regressar no final da época, mas é um caso a ser bem estudado por Rui Vitória.

    Marçal tem estado em bom destaque em França Fonte: Ouest France
    Marçal tem estado em bom destaque em França
    Fonte: Ouest France

    Vindo, curiosamente, do Nacional, faz parte dos quadros do Benfica o esquerdino Marçal. O defesa brasileiro está emprestado aos franceses do Guingamp e tem sido aposta bem regular do clube. O atleta de 28 anos continua a não ser aposta de Rui Vitória que já o emprestou anteriormente ao Gaziantepspor da Turquia. Com características ofensivas bem notáveis, parece que o único problema em não aparecer nas escolhas do plantel sénior encarnado é a falta de oportunidades e concorrência pesada. Atualmente o Benfica tem 4 defesas esquerdos e um produto a ser formado no Seixal, Yuri Ribeiro.

    Alexandre Alfaiate, o menino de ouro. O jovem central está emprestado ao coletivo da Académica mas só realizou 8 partidas. Sem nunca ter sido utilizado na equipa A, o português internacional nas camadas jovens é um dos jogadores que mais esperanças tenho de ver vingar na primeira liga. Contudo, devido a uma enorme concorrência no sector, a vida do Alexandre não será fácil. Primeiro passo? Convencer Costinha de que é útil na defesa dos estudantes.

    Para terminar o sector defensivo temos Hildeberto Pereira. Sem nunca ter pisado o relvado da Luz, o jovem lateral formado no Seixal está a cumprir a primeira época ao mais alto nível. Emprestado ao Nottingham Forest, o português tem sido adaptado a extremo direito e já conta com 22 jogos e 2 golos concretizados. O único ponto a corrigir é a sua forma de encarar lances de perigo. O jogador é agressivo na disputa de lances e muitas são as vezes que é “amarelado”. Esta época já foi expulso uma vez. A sua tenra idade, a polivalência e o rótulo “Seixal” fazem de Hildeberto um jogador que deverá regressar para vingar, no final da época. O espaço onde poderá encaixar-se é o lado direito da defesa. Depois de duas épocas de grande qualidade de Nelson Semedo, o internacional português deverá rumar a algum clube internacional. Nota para a presença do defesa direito Pedro Pereira, “mortinho” por mostrar trabalho.

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    João Neves
    João Neveshttp://www.bolanarede.pt
    O João é benfiquista desde que se lembra. Nascido e criado em Aveiro, com uma experiência de cinco anos de vida em Moçambique, vive em Lisboa desde Agosto de 2015. A acompanhar os jogos do Benfica desde sempre e sem falhar a presença no Estádio da Luz pelo menos uma vez por ano, desde sempre que escreve textos pessoais acerca do Benfica e sobre o futebol em geral. Com coragem para defender e criticar o clube da Luz sempre que for preciso, tem mais interesse pela arte do futebol praticado do que pelas polémicas ou aspectos que mancham o desporto rei.                                                                                                                                                 O João escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.