SL Benfica 1-1 PAOK: É necessário ir à Grécia fazer uma aposta milionária

    Depois da tarefa difícil na Turquia, conquistar os gregos é o próximo passo do Benfica para alcançar os milhões da fase de grupos da UEFA Champions League. Na primeira mão disputada no Estádio da Luz, os «encarnados» estiveram a um bom nível exibicional que se foi estagnando ao longo que os minutos passavam. A equipa portuguesa sentiu isso – e muito bem – na segunda parte e empatou a uma bola com os gregos do PAOK de Salónica. É esperado um jogo altamente complicado na Grécia.

    Daquilo que se sabia sobre o PAOK, era necessário ter em conta que o conjunto grego utiliza um sistema tático com dois médios defensivos: Maurício e José Cañas. Ora, para talvez confundir a tarefa defensiva do PAOK à entrada da sua área e para não ter um enfoque habitual na velocidade estonteante de Salvio pelo lado direito, o treinador do Benfica lança Zivkovic e deixou o argentino no banco. O sérvio procurou vários espaços no interior do meio-campo do PAOK conjuntamente com Pizzi, sendo que as posições de ambos os jogadores iam rodando entre si. O Benfica abria o jogo para as alas antes de chegar à área do PAOK e causou vários lances de perigo.

    Falar de Pizzi é resumir a primeira parte. Mas antes disso, o Benfica já tinha começado muito bem a partida. Gedson Fernandes fez o golo logo aos cinco minutos depois de um passe longo do colega de meio campo, mas o árbitro assinalou fora de jogo. Depois disso e alguns remates do PAOK ligeiramente por cima da baliza de Vlachodimos ‘só deu Pizzi’.

    O português Vieirinha foi titular na equipa do PAOK, Zivkovic a novidade no onze do SL Benfica
    Fonte: PAOK Salónica

    Aos 22 minutos, Cervi cruza rasteiro da esquerda para o meio, já dentro de área. O camisola 21 do Benfica também rematou rasteiro, de primeira, mas a bola foi para bem perto do poste defendido pelos gregos na primeira parte. Três minutos depois, podia ter dado um golaço, Pizzi penteava a bola a entrada da área. Nenhum adversário se aproximou da bola. Então, o médio pica a bola para um chapéu à trave que bem podia ter surpreendido o guarda-redes do PAOK.

    Pizzi só viria a chegar ao golo que tanto queria após converter uma grande penalidade com sucesso no fecho do primeiro tempo (1-0). Gedson Fernandes recebe à entrada da pequena área outro passe rasteiro de Cervi vindo da esquerda. Ao rematar, Maurício faz uma entrada pouco prudente sobre o jovem médio encarnado.

    No segundo tempo, o Benfica era quem de facto dominava a partida, mas com oportunidades igualmente inofensivas como as do PAOK. No entanto, os gregos efetuaram muito mais aproximações à área «encarnada» em comparação com a primeira parte. O Benfica devia ter procurado um segundo golo e não sofrer, algo que acabou por acontecer numa bola parada quando já faltava um quarto de hora para terminar a partida. Canto batido, Fernando Varela cabeceia forte para a barra do Benfica e, no ressalto, Warda – que tinha sido lançado por Lucescu – remata de pé esquerdo para o lado mais distante de Vlachodimos (1-1). Era um balde de água fria a cair na noite quente que se fez na Luz.

    Na procura de um resultado ligeiramente mais positivo para a segunda mão em Salónica, Rui Vitória lança Seferovic e, quem diria, João Félix que se estreou na equipa principal do Benfica. O mesmo jovem protagonizou os lances mais que colocaram os mais de 40 mil adeptos «encarnados» na Luz em desespero. Aos 85’ enviou um passe longo e imprevisível para o coração onde estava Facundo Ferreyra. No frente a frente coma baliza, Paschalakis defende. Já nos minutos de compensação, João Félix rematou do lado esquerdo da área dos gregos e bola passou muito perto do poste direito do PAOK.

    Ao longo da partida, foi-se apercebendo os motivos pelos quais o PAOK está neste playoff da UEFA Champions League. Eliminar adversários como o Basileia e Spartak de Moscovo não pode ser por acaso. O conjunto grego demonstrou resistência física, agressividade e foi capaz de defender sem grandes precipitações e ir gradualmente atacando o meio-campo do Benfica. Aproveitou uma bola parada para ‘sacar’ um resultado positivo na visita a Portugal.

    Onzes iniciais:

    SL Benfica: Vlachodimos; André Almeida, Rúben Dias, Jardel e Grimaldo; Fejsa, Gedson Fernandes e Pizzi (59’ João Félix); Zivkovic (63’ Rafa), Cervi (78’ Seferovic) e Ferreyra.

    PAOK: Paschalakis; Léo Matos, Fernando Varela, José Ángel Crespo e Vieirinha; Maurício, José Cañas, Limnios (51’ Warda), Léo Jabá (80’ Shakhov) e Pelkas; Prijovic (87’ Akpom)

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    Francisco Correia
    Francisco Correiahttp://www.bolanarede.pt
    Desde os galácticos do Real Madrid, do grandioso Barcelona de Rijkaard e Guardiola, e ainda a conquista da Liga dos Campeões do Porto de Mourinho em 2004, o Francisco tem o talento de meter bola em tudo o que é conversa, apesar de saber que há muitas mais coisas que importam. As ligas inglesa e alemã são as suas predilectas, mas a sua paixão pelo futebol português ainda é desmedida a par com a rádio. Tem também um Mestrado em Jornalismo na Escola Superior de Comunicação Social, em Lisboa.                                                                                                                                                 O Francisco não escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.