Ao contrário do expectável, o clássico começou sem Jonas e com Marega. O Benfica alinhou com o mesmo onze que jogou frente ao Vitória FC na última jornada, com Raúl Jimenez a assumir o controlo do ataque. O FC Porto, por sua vez, viu-se brindado com o regresso de Moussa Marega à equipa titular.
O grande jogo da jornada revelou-se, desde o primeiro minuto, bastante intenso. Ambas as equipas procuraram jogar rápido e eficaz. Apesar disso, não houve oportunidades de golo flagrantes de parte a parte.
O Benfica apresentou-se confiante na primeira metade. Ao contrário do que aconteceu em Setúbal, deu gosto ver o jogo dos encarnados. O FC Porto, não ficou atrás, mas a equipa da casa foi ligeiramente superior: mais bola, mais remates e mais oportunidades (ainda que poucas).
Os jogadores recolheram ao balneário com a promessa de uma segunda parte vibrante, mas, talvez, mais agressiva. A registar um amarelo mostrado, e bem, a Sérgio Oliveira aos 36 minutos, depois de agarrar Rafa pelo peito.
Aconteceu o contrário. O Benfica entrou dormente na segunda parte e o FC Porto cresceu. Bem como o número de faltas. Otávio e Alex Telles viram o amarelo e Sérgio Oliveira, num lance parecido com o da primeira parte, viu o segundo cartão perdoado.
Rui Vitória, aos 66′, mexeu pela primeira vez na equipa, tirando Rafa para dar lugar a Salvio. De pouco ou nada serviu, pois os encarnados continuaram desconcentrados, sem capacidade de construir jogo e de finalização. Na segunda metade, os dragões foram a equipa mais perigosa.
Posto a pressão do Porto, o técnico do clube da Luz resolveu colocar Samaris em jogo, de maneira a reforçar o meio campo, saindo, assim, Cervi. Sérgio Conceição aproveitou a deixa e tirou de jogo o amarelado Sérgio Oliveira, de maneira a prevenir males maiores, e o espanhol Oliver Torres foi o escolhido.
Sofrido, o Benfica aguentou até aos 90 minutos. Herrera, com espaço para rematar, não hesitou e… não falhou. O FC Porto fez o 0-1 e o tetra campeão desperdiçou a oportunidade única de pisar o penta.
Aos 90+2, pediu-se falta sobre Zivkovic, na área do Porto, mas Artur Soares Dias nada assinalou e nem pensou duas vezes – nem solicitou intervenção do VAR.
O jogo acabou aos 94′, o Porto ficou com um pé no título e o Benfica longe do sonho.