Numa altura em que tanto se fala da quebra exibicional do Benfica em relação a épocas anteriores, após duas derrotas consecutivas com o Manchester United, está assim confirmada a pior série de sempre do clube da Luz na Liga dos Campeões Europeus.
Após o desaire em casa com o CSKA de Moscovo e a desastre em Basileia, as hipóteses de uma passagem para a fase seguinte da competição, tornou-se cada vez mais complicada, sobretudo tendo em conta que se avizinhavam dois jogos, frente ao cabeça-de-serie do grupo, o Manchester United de José Mourinho, Matic e Lindelof.
Numa breve síntese dos dois jogos, pode-se muito bem apontá-los como duas derrotas imerecidas para as águias. Contudo, em dois jogos que o Benfica poderia muito bem ter alcançado um ponto em cada, continuo a demonstrar a má fase que o clube atravessa e a perda de qualidade e intensidade evidente em relação às duas épocas anteriores.
Embora este, “Benfica de consumo interno” que se vem falando, desde o início desta pré-época, consegue, não só, desapontar neste campeonato, como ainda não conseguir um único ponto num grupo acessível que, teoricamente, passaria à fase seguinte, juntamente com o Manchester United. Pior que isso, continua a ser a falta de ligação entre o meio campo e a frente de ataque, numa equipa sem ideias e completamente desnorteada em termos defensivos, com jogadores que não conseguem não só cumprir em termos de posicionamento como não têm, de todo, nível para esta competição.
Engane-se quem pensar que os melhores resultados foram feitos perante a equipa orientada por Manchester United. Para nem falar em jogos cuja motivação acresce, face a uma equipa cheia de estrelas, salvo sejam os jovens lançados por Rui Vitória que conseguiram de alguma forma, tornar estes dois jogos com menos dissabores. O Sport Lisboa e Benfica não só não jogou para ganhar, como jogou contra uma equipa que não jogou para vencer.
Estes dois jogos, mostraram bem a confiança de Mourinho quanto à passagem da fase seguinte e, como o seu principal foco, continua a ser a Primeira Liga. Numa primeira mão no Estádio da Luz, onde o Benfica está acostumado a impor o seu futebol, face a qualquer que seja o seu adversário, contentou-se em, para além de não conseguir jogar, limitar o jogo do adversário, conformando-se coma falta de qualidade de jogo que o Manchester United veio cá apresentar e, de certa forma, esquecendo-se da importância de qualidade nestas exibições para, não só garantir a continuidade nas competições europeias, como para elevar a motivação de uma equipa na qual, nada corre como desejado.