Pronto, o 4-3-3 está instalado e mais do que nunca o meio-campo é o sector mais precioso no esquema tático do Benfica. Seja a defender ou a atacar, os três jogadores devem estar no máximo das suas capacidades e com uma melhor entrega jogo após jogo.
Admito que inicialmente estranhei este novo esquema tático, mas mais por Jonas surgir sozinho na frente de ataque pois ao nível do meio-campo era uma mudança que vinha aumentar a qualidade de jogo e a melhorar a ocupação de espaços.
Para Fejsa, por exemplo, ter dois elementos uns metros à sua frente ajudou-o nos processos ofensivos pois tem mais uma opção para passar a bola e até mesmo não precisa de ser ele a transportar o esférico no relvado. Defensivamente, seja com um ou dez elementos no meio-campo, estou bem descansado com Fejsa a trinco, não há muito a dizer!
Pizzi foi até há pouco tempo uma peça fundamental no meio-campo mas, em pleno Janeiro e com meia época feita, está longíssimo de ser um jogador crucial no Benfica. Habituou-nos aos movimentos, visão de jogo, até mesmo classe e neste momento é um simples médio que vive na sombra dos colegas.
Se frente ao Sporting saiu para deixar Krovinovic sozinho a trabalhar com espaço, em Braga saiu também pois Krovinovic tem uma maior presença no meio-campo. Posto isto, nota-se que Pizzi vive na sombra do camisola vinte e que precisa de render mais se quer voltar a render o que rendeu na temporada passada.
Por fim, talvez estejamos a falar do nome que, jornada após jornada, tem vindo a ganhar mais respeito dos adeptos do futebol português: Krovinovic. Chegou como um distribuidor de jogo mas devido ao estilo de jogo do Benfica teve que recuar uns metros e passar a ter uma função diferente daquela que tinha no Rio Ave. Chegou e mostrou jogo de grande qualidade, jogo esse que o fez tornar numa peça importantíssima no Benfica. Neste momento, Krovinovic está gravemente lesionado e é necessário equacionar a melhor alternativa para esta baixa de peso.
- Samaris. Seja a trinco ou a cumprir outras posições, tem sido importante para defender resultados ou para dar um auxilio a Fejsa. Seja a jogar ao lado do camisola cinco ou até uns metros adiantados tem vindo a entrar e cumprir com o desejado. O grego vive no banco mas sempre que entra deixa em campo aquilo que habitou os adeptos: entrega.
- João Carvalho. Made In Seixal e já com alguma experiência na primeira divisão, as mais recentes bonitas palavras de Rui Vitória para o jovem português são, para mim, justas! Neste momento parece-me que João Carvalho é a melhor alternativa a Krovinovic.
O Benfica conta com um trio do meio campo fortíssimo, mas que pode render muito mais daquilo que está a render. O facto de Fejsa e Pizzi estarem mais do que habituados a jogar sozinhos, retirou protagonismo e zona de conforto principalmente ao Pizzi. Para Krovinovic, fez aquilo que era pedido, aproveitar e agarrar a oportunidade dada em Guimarães. Samaris e João Carvalho são as mais próximas alternativas do triângulo do meio-campo.