Há poucos dias, num excerto acerca da final da Taça, deixei um «pedido» especial a todo o mundo braguista. Pedi para sermos Homens. Independentemente de tudo o que se passou ou viesse a passar, pedi para acreditarmos. Assim foi e a minha gratidão tentará estar presente nas palavras que a seguir apresento. Estou muito feliz e certo de que tudo o que direi não será suficiente para hoje acordar e saber que tudo foi real. Para mim e para muitos isto foi um sonho.
Foi assim, a sonhar e a acreditar mais que ninguém, que o Braga conquistou a segunda Taça de Portugal da sua história. Merecida e muito sofrida. 50 anos depois, uma nova alegria para sempre recordar. Uma história para contar. Um novo capítulo brilhante na nossa caminhada pelo Olimpo, onde, degrau a degrau, depois de 120 minutos exaustivos a Taça é nossa! É do Braga e de Braga!
Tive o enorme orgulho e prazer de ter partilhado este domingo de Taça entre amigos e família. Rodeado de alegria, será para sempre um dia muito especial. Agradeço a companhia de todos, da gente de Braga e do Braga, aqueles que pelo país e até mesmo no mundo estão distribuídos e que apoiam este clube; enfim, a clara demonstração de que temos vindo a crescer e que unidos somos bem mais fortes.
Com a convicção de que íamos ganhar, vi um jogo de futebol não muito atractivo, mas bem sofrido, duro e desgastante. Muita disputa e crença de que ambos os lados queriam agarrar a Taça com as duas mãos. Para uns, terminou num sonho este dia especial. Um dia de pura festa! É isto a Taça de Portugal!
Na noite anterior, todos os bracarense sonharam com o desfecho deste jogo. E com tanta vontade o fizeram que o sonho é hoje real. Foi o nosso coração guerreiro que nos aqueceu sempre, nos bons e nos maus momentos. Agora fê-lo novamente. Se me perguntasse no meio da rua quanto iria ficar o resultado, dizer-lhe-ia, traído pelo coração, que iríamos vencer. Que o Braga iria ser mágico. Mas também acrescentaria que para isso o sofrimento seria imenso. Estava mesmo confiante. Sofrer assim tanto, tanto, é que não esperava… «Vamos é desfrutar que o resto é treta!»