Alguns exemplos disso mesmo, foi quando o Rio Ave FC foi goleado pelo SL Benfica e pelo FC Porto, onde muitos adeptos entenderam que a abordagem de Miguel Cardoso ao adversário deixa a defesa muito exposta aos ataques adversários. Outro exemplo foi a derrota do FC Porto contra o Liverpool, onde muitos adeptos acusaram Sérgio Conceição de ter sido pouco realista e de se ter recusado a aceitar que o Liverpool era um adversário de valia superior.
Não sei se foi esse realmente o motivo da goleada, mas a verdade é que um exemplo recente de como anular bem um adversário também mete o Liverpool ao barulho. Foi o Swansea City treinado por Carlos Carvalhal conseguiu derrotar a equipa de Jurgen Klopp e na conferência de imprensa, explicou em poucas palavras qual a estratégia que adoptou:
“O Liverpool é um Fórmula 1, mas quando colocas um Fórmula 1 no meio do trânsito de Londres ele não anda”.
Outro exemplo de como o estudo do adversário deu frutos no resultado de uma equipa verificou-se quando o Benfica derrotou o GD Chaves por 3-0. Na conferência de imprensa, Rui Vitória explicou que a estratégia para este jogo passou por condicionar o jogo do adversário desde o início, pressionando o guarda-redes adversário (que fora treinado por si em Paços de Ferreira) quando este tem a bola, forçando a utilizar o seu pior pé.
No entanto, estes treinadores de perfil mais conservador por vezes também são muito incompreendidos pela forma como abordam o jogo, que muitas vezes deixa a impressão de que a equipa é capaz de fazer mais e melhor. E quando os resultados não são favoráveis, o caminho mais fácil e natural acaba mesmo por ser o de criticar o treinador. E quem não se lembra de quantos adeptos criticaram Fernando Santos pelo seu futebol conservador, poucos dias antes de nos sagrarmos campeões europeus?
A verdade é que, cada um com o seu estilo, cada treinador deixa a sua marca no futebol português e europeu. É por isso que isso que os treinadores nacionais são dos mais populares e falados pela Europa fora.
Foto de capa: FPF.pt