Nos primeiros minutos de jogo nem se notava que Portugal estava a cumprir a sua estreia em grandes competições internacionais, neste caso o Campeonato da Europa de futebol feminino, tal a forma personalizada como entrou em campo. Mas rapidamente o jogo mudou muito e a Espanha passou a assumir o controlo total da partida, criando um conjunto de oportunidades claras para marcar. Dessas, marcou em duas ocasiões e podia ter marcado pelo menos mais um ou dois golos. Aliás, as jogadas que resultaram em golo foram bastante parecidas, ou seja, um passe profundo, bastante espaço oferecido às jogadoras de “nuestras hermanas” em claras falhas de marcação da nossa equipa e uma finalização fácil à boca da baliza, sem qualquer hipótese para a guardiã Patrícia Morais.
Os tentos foram marcados, respetivamente, por Vicky Lousada e por Amanda Sampedro, aos 23 e 42 minutos, sensivelmente. Após o segundo golo das espanholas previa-se uma segunda parte penosa para o nosso lado e o avolumar do resultado, mas tal não aconteceu, por duas razões. Uma, porque a seleção portuguesa melhorou bastante a sua prestação defensiva, mantendo as dificuldades em sair para o ataque, e segundo, a Espanha tirou o pé do acelerador, vendo que o resultado era positivo decidiu poupar algumas das suas melhores armas.
Apesar das enormes dificuldades em chegar a zonas de finalização, criámos uma ou duas situações de golo, só que, infelizmente, não aproveitámos nenhuma delas e o resultado permaneceu inalterado até ao fim do encontro. Embora o resultado não tenha sido positivo, creio que o balanço não é muito negativo, só foi pena não termos marcado nenhum golo. Mas, claro, a “roja” é uma equipa de classe mundial e muito dificilmente conseguiríamos outro resultado.
O próximo jogo contra a Escócia marca a melhor oportunidade que vamos ter de somar pontos neste Europeu, pese embora o ranking superior da turma escocesa.