Belenenses 3-3 Rio Ave: O futebol ficou a ganhar

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    Belenenses e Rio Ave encontraram-se no Restelo dispostos a somarem os primeiros três pontos da temporada. E ambas as equipas fizeram por isso, em diferentes períodos da partida. A equipa da casa, disposta num 4-2-3-1 com Rúben Pinto e André Sousa nas costas do endiabrado Carlos Martins (esteve em todos os golos da sua equipa) e com Sturgeon e Dálcio a servirem Abel Camará, entrou melhor e tentou mandar na partida. Mesmo com Miguel Rosa no banco (provavelmente a ser poupado para o duelo europeu, mas quando foi lançado ajudou a virar o jogo), os azuis tentaram empurrar o Rio Ave para o seu meio-campo. Os homens de Pedro Martins, contudo, são uma equipa muito serena e bem organizada e foram, pouco a pouco, impondo o seu jogo.

    Os vila-condenses, de resto, apresentaram-se num 4-4-2 já bastante trabalhado, com Wakaso e Tarantini a segurar o meio-campo e Hassan e Yazalde na frente, apoiados por Bressan na esquerda e Novais a pender um pouco mais sobre a direita. Foi precisamente Novais quem começou por dar trabalho ao guardião Ventura, que se viu obrigado a defender um remate para canto e, na sequência, tirou uma bola em cima da linha de golo. Contudo, à precipitação do Belenenses, que redundava em jogadas perdidas, respondia o Rio Ave com mais ponderação e maturidade. E Ventura, até aí com duas boas intervenções, largou uma bola fácil para a zona onde estava Bressan, que empurrou para o 0-1. Começava aqui a odisseia de golos de um jogo épico.

    Se já antes do golo o Rio Ave pareceu sempre a formação mais organizada, após o 0-1 os forasteiros passaram a controlar ainda mais, perante a incapacidade azul na construção. A equipa de Sá Pinto tentava atacar mais pelo flanco direito mas, curiosamente, era quando se aventurava pelo lado contrário que criava mais perigo. É que, à direita, Dálcio teve um jogo para esquecer, ao passo que Sturgeon, no flanco canhoto, ia aparecendo a espaços. Quando já se esperava o apito para o intervalo, eis que surgiu o empate. Na sequência de uma falta duvidosa, Carlos Martins cobrou o livre da esquerda e Gonçalo Brandão, solto, marcou de cabeça. 1-1, mas o melhor estava para vir.

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    Esperava-se um grande jogo e foi isso mesmo que acabou por acontecer

    Na segunda parte (que iria ser frenética), a toada do jogo manteve-se nos minutos iniciais. Um Rio Ave mais organizado e um Belenenses sem conseguir construir jogo. Dálcio continuava igual à primeira-parte e Sá Pinto percebeu que o jogador já não acrescentava nada de útil ao jogo. Substituiu-o por Miguel Rosa e o Belenenses mudou do dia para a noite. Aos 55 minutos, Ruben Pinto cabeceou à entrada da área, a bola não tocou em ninguém e entrou, surpreendendo Cássio. Estava feita a reviravolta e o Belenenses acordou, a construção de jogo melhorou e Miguel Rosa era o homem responsável. É graças a ele que nasce o penalty que faz o 3-1. Finta e arrancada fenomenal do jovem jogador e a jogada a terminar com Abel Camará a cair dentro da área e a ser bem marcado o penalty que deu o 3-1 para os homens de Sá Pinto.

    Mas o Rio Ave não tinha baixado os braços. As alterações de Pedro Martins fizeram bem à  equipa, com Ukra e Guedes a entrarem bem. Se Miguel Rosa foi o homem que mexeu com o jogo para o lado do Belenenses, do lado dos vila-condenses, Guedes (que substituiu o apagado Yazalde) teve o mesmo efeito. Aos 70 minutos, cruza e a bola bate em Gonçalo Brandão que tem a infelicidade de a desviar para dentro da baliza e aos 74 marca o golo que dá o empate merecido a uma equipa que nunca desistiu.

    A partir dai o jogo voltou ao ritmo da primeira parte. Os visitantes procuravam o golo de forma organizada, os homens do Restelo tentavam mais com o coração do que com a cabeça. Ventura voltou a gelar as bancadas, falhando num lance que por sorte não deu golo. O final do jogo foi electrizante, com ambas as equipas a terem um golo anulado. 2 lances duvidosos e que parecem mal ajuizados.

    No final, um electrizante empate a 3 bolas mostra bem como foi a partida. Se o Altach observou este jogo, terá visto um Belenenses ainda em fase de construção, com bastante dificuldade para criar jogadas de perigo. No entanto, os austríacos devem estar atentos a Miguel Rosa. A entrada do jogador mudou a forma de jogar do Belenenses. Foi quem levou a equipa para a frente (juntamente com Carlos Martins) e Quinta-feira tem de ser titular. Do lado do Rio Ave, Pedro Martins é um homem satisfeito com o seu grupo de trabalho e com os reforços, tal como afirmou no final. A equipa do Rio Ave mostra ser organizada, inteligente em campo e além disso já tem bastante assimiladas as ideias de Pedro Martins. Será interessante ver o que podem fazer esta temporada.

    A Figura:

    Miguel Rosa e Guedes – As entradas dos 2 jogadores mexeram com as respectivas equipas. Miguel Rosa mostrou porque é uma peça fundamental na equipa do Belenenses e Guedes apresentou-se como um optimo reforço. Uma menção também para Carlos Martins, que esteve em todos os golos e voltou a mostrar que em Belém pode voltar a ser feliz.

    O Fora-de-Jogo:

    Ventura – Até começou bem, com duas grandes defesas, mas falhou no primeiro golo e voltou a causar calafrios nas bancadas num lance fácil na segunda parte. Os adeptos do Belenenses esperam que quinta-feira o guarda-redes esteja em melhor forma.

    Artigo de André Conde e João V. Sousa

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