Académica 0-3 FC Porto: Um encanto

    a minha eternidade

    O Porto venceu a Académica, em Coimbra, por 0-3, com dois golos de Jackson Martinez e um de Herrera. Os “azuis e brancos” controlaram o seu adversário durante todo o jogo, impondo os seus intentos na partida sem contestação de relevo. Os portistas estiveram em grande nível, muito dinâmicos e imprimiram um ritmo muito alto, não dando veleidades aos conimbricenses. Relevo a concentração e obstinação na primeira parte na procura do golo, bem como a tranquilidade mental e seriedade na segunda parte, quando os acontecimentos em campo exigiam um “relaxamento com esférico”, limitando o desgaste mas sem deixar de possuir a bola, para assim inviabilizar qualquer reacção por parte dos estudantes.

    O Futebol Clube do Porto iniciou o jogo no seu tradicional 4x3x3, com Fabiano na baliza, Danilo, Martins Indi, Maicon e Alex Sandro formando o quarteto defensivo, o trio de médios constituído por Rúben Neves (pivot defensivo), Herrera e Oliver (interiores), Tello, Brahimi e Jackson mais adiantados no tridente ofensivo.

    O momento ofensivo dos portuenses foi excepcional, numa articulação muito completa e inteligente de todos os jogadores. Os centrais saíram bem com bola desde trás, solicitando com certeza e precisão os companheiros do miolo, os laterais combinaram muito proficuamente com os extremos e médios, criando situações de tabela e cruzamento. No sector intermediário, Rúben Neves esteve, como sempre, certo e seguro na ligação entre sectores, efectuando a assistência para o primeiro golo de Jackson. Óliver Torres procurou incessantemente linhas de passe para receber e para endossar, estando muito refinado nas suas acções, de um requinte técnico primoroso. Herrera esteve muito enérgico, procurando muito a profundidade, entrando nas costas dos adversários para finalizar, como fez no último golo. Os três da frente fizeram muito boas ligações entre si e com os elementos dos outros sectores. Brahimi esteve mais discreto e muito amarrado à linha. Tello foi muito forte no um para um e criou inúmeras oportunidades para marcar; a assistência para o terceiro golo é de uma inteligência táctica exímia, aspecto em que nem sempre tem estado bem esta época. Jackson foi mais bem servido do que o habitual e respondeu às solicitações de uma forma notável.

    Jackson foi a figura do encontro Fonte: Facebook da Académica
    O Porto chega ao clássico praticando bom futebol. Na próxima jornada deverá ganhar ao rival Benfica e assumir a liderança
    Fonte: Facebook da Académica

    A organização defensiva dos portuenses foi também inatacável, com os três sectores muito próximos, roubando a bola sempre alto, ainda dentro do seu meio campo ofensivo, não dando qualquer veleidade finalizadora aos oponentes. Lopetegui fez três substituições sem alterar o sistema base. Entrou Quintero para o lugar de Danilo (que estava algo magoado fruto de uma dividida na primeira parte), passando Herrera a ocupar a sua posição, o que até fez muito bem, com uma assistência para Quintero finalizar pessimamente. Saiu Tello para a entrada de Quaresma (ainda conseguiu algumas belas iniciativas), e Jackson dando lugar a Aboubakar, que não conseguiu brilhar nos 10 minutos que jogou.

    A Figura

    Jackson Martínez – Excelente jogo de “Cha Cha Cha”. Jogou em apoios de forma exímia, quer fosse ao primeiro toque, temporizando e endossando, ou conduzindo alguns metros e depois a libertar para o extremo. Na finalização esteve excelente, com dois remates bastante bons: o de pé esquerdo com impetuosidade e o de pé direito com técnica (rotação perfeita e efeito indicado).

    O Fora-de-Jogo

    Fabiano – Esteve no terreno de jogo mas não participou na sua dinâmica. Vá lá, deu para ensaiar os pontapés de baliza.

    Foto de Capa: Facebook do FC Porto

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    O David tem uma paixão exacerbada pelo Futebol Clube do Porto. Esse sentimento de pertença apertado com a comunidade de afectos portuense não lhe tolhe a razão, activa-a, aprimorando-a em forma de artigo.                                                                                                                                                 O David não escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.