Bato palmas à “silly season” e às belas invenções dos jornais. O mercado de verão deste ano tem sido memorável. Casillas, Maxi Pereira, Lucas Limas, Drogba, Llorente, Rafa, Darder, Mitrovic, Mbemba, Mendy… Quase que podia encher este meu artigo de opinião com nomes associados ao FC Porto. São muitos. Demasiados! Posso confessar-vos que, numa anterior “silly season”, o Dragão viu serem-lhe apontados cerca de 50 jogadores. Ainda bem que não se concretizou! Dava para fazer duas equipas!
E quem fica? Perdão… e os que estão a mais? Ninguém fala neles? É que interessa-me saber o que vão fazer com a quantidade de excedentários que estão no plantel neste momento. Há uma quantidade estúpida de dinheiro investido em jogadores que “não andam nem desandam”. E posso começar já a nomeá-los: Quintero, Reyes, Adrian, Opare, Josué, Kléber e Rolando. São os primeiros nomes que me surgem assim de imediato. Nenhum destes jogadores têm sido mais-valias desportivas na última ou nas últimas épocas. Se não servem aos propósitos do treinador, para onde vão? Vão ficar no plantel a “ocupar espaço”? Vão ficar a treinar à parte?
Ou vamos, como tem sido normal, deixar tudo para a última? Vamos chegar ao último dia do mercado de transferências a correr atrás deste e daquele clube para saber quem é que quer ficar com este ou aquele jogador? Pior do que isso é chegar a uma altura em que o plantel já deve estar todo definido para mandar alguém embora. Em parcas palavras: não faz sentido. Alguém que se mexa, que faça alguma coisa. Não são só as contratações que interessam mas também quem está a mais. Veja-se um exemplo de sucesso: Carlos Eduardo.
Neste momento há uma grande necessidade de liquidez e de aliviar a massa salarial. Se não conseguirem vender, emprestem. Não vale a pena pagar salários a quem pouco ou nada joga. Por vezes é preciso dar o braço a torcer e admitir o erro. E vender abaixo do preço de compra. Se o futebol fosse uma ciência exata era mais fácil. Mas não é!
Termino citando o “Tribunal do Dragão” numa opinião sobre a contratação de Casillas: “Continua a ser um jogador muito caro? Sim. Como são sempre os melhores do mundo. Mas é melhor a SAD andar a sustentar um Casillas do que andar a pagar por Bolats, Andrés e Ricardos para nunca sequer os utilizar. O problema não são os jogadores caros que rendem. São os baratos que não chegam sequer a ter oportunidade para render.”