Eles não querem… de todo!

    atodososdesportistas

    Antes de mais, a todo o leitor que comece a ler este texto, aviso desde já que sou portista e hoje, após a vergonha que foi a arbitragem na pedreira, vou ter uma caneta afiada e falar de assuntos de que pouco falo: arbitragens. Dado isto, de nada valerão as contra-argumentações dos “apitos”, “frutas” ou “Abeis” que tanto gostam de, sem prova, atirar ao ar como se fosse uma verdade provada e acabasse, desde logo, com possíveis factos contrários. Tenho dito.

    Posto isto, e sabendo que contra o Penafiel o Porto ganha objectivamente com um golo irregular (o primeiro) e outro que pode ser duvidoso (o posicionamento das câmaras não deixa perceber se Jackson está ou não fora-de-jogo, embora não me pareça), esta época tem sido uma verdadeira “caça às bruxas” por parte do organismo máximo que rege os interesses futebolísticos nacionais (que já nem sei até que ponto será a FPF…) e tem, a todo o custo, tentado afundar os Dragões e puxar para cima as Águias. É demais, é impossível conter este “nó” na garganta, depois da verdadeira, e desculpe-me o leitor a expressão, palhaçada de ontem, na pedreira. Não só falamos de jogar com 9 desde praticamente 2/3 do jogo, até porque, na minha consideração, as expulsões não são mal dadas. Falamos, isto sim, da dualidade de critérios que deixou, por exemplo, Sasso terminar o jogo, com várias entradas muito mais agressivas que as de Reyes ou o “chutão” na bola de Evandro, que o jogador bracarense não sabia se tinha sido nas zonas íntimas ou na barriga. Chegou, inclusivé, a parecer que lhe tinha pontapeado o externo, tais não eram a fitas que o jogador fazia.

    Ontem aconteceu aquilo que se tem visto ao longo da época: não querem ver um Porto justa e novamente campeão ou a ganhar o que quer que seja! “Querem”, a todo o custo, acabar com a hegemonia categoricamente alcançado pelo FC Porto ao longo dos últimos 30 anos, e isso só não vê quem deixar que as palas de outras cores tapem os olhos. Tem sido uma constante: em caso de dúvida, beneficia-se o adversário do Porto. Não digo que queiram beneficiar os outros, digo, isso sim, que objectivamente querem prejudicar o Porto.

    Os únicos pontos perdidos esta época na liga pelos comandados de Lopetegui de forma justa foram, a meu ver, no empate caseiro com o Boavista (super Mika!) e na derrota frente ao Benfica, num jogo onde o domínio não foi suficiente para a falta de pontaria na hora de finalizar. De resto, em Alvalade e em Guimarães “voaram” 6 pontos devido a erros crassos de arbitragem, demasiadamente evidentes.

    Não pense o leitor que estou a ser incoerente com os meus 30 textos anteriores escritos no site: caso os Dragões não sejam campeões (coisa que acredito plenamente que serão), irei dar os parabéns ao campeão, pois o campeonato é uma maratona e não uma prova de 100 metros (como a Taça da Liga, por exemplo), e quem o ganha, tem de ter o seu mérito, mesmo que constantemente “empurrado” das mais diversas formas por outras instituições ou interesses que nada interessam ao nosso futebol.

    Ontem senti orgulho de ser Portista. 90 minutos de puro prazer, nervosismos, acelerações de coração e vontade de ser o verdadeiro 12º jogador. Fazia tempo que não vibrava tanto num jogo dos Dragões como na Pedreira. Foi a prova aos críticos que a “armada espanhola” não está cá só para se mostrarem, sentem a camisola e em prol do clube deixam a vida em campo. Isto é SER PORTO!

    Uma “machadada” constante no jogo de ontem
    Fonte: Facebook do FC Porto

    Depois foi o que se viu, um senhor de azul, que, para os “teóricos da conspiração” até é da A.F.Braga (…), de nome Cosme Machado, fez uma encenação “Cósmica”, digna de um óscar para melhor actor secundário que, parecendo que não, influencia de maneira brutal o papel dos actores principais. Foi extraordinário, parabéns ao senhor que provou, dentro do campo, aquilo que estou a escrever e que tem vindo a ser escrito ao longo da época: uns podem marcar golos em fora-de-jogo, ter golos anulados dos adversários, acabar jogos com 11 jogadores, falar com os árbitros, dizer o que lhes vai na alma (através de comunicados ou conferências de imprensa) e passar incólumes. Outros abrem a boca e antes de poderem dizer algo, já estão a ser julgados e punidos, objectivamente, dentro do campo. Para isso, mais vale ficar calado, como fez ontem o enorme presidente dos Dragões e o treinador em quem tanto confio, deixando apenas palavras aos jogadores e adeptos, que se demonstraram contra este sistema que vem sendo preparado e montados ao longo dos anos.

    Sinto-me com toda a moral e propriedade para falar, pois o Porto tem provas dadas internacionalmente que justificam, e de que maneira, o claro domínio nacional que foi adquirindo. Não é uma tacinha ou uma ida a finais em “meia dúzia” de anos, é uma Liga dos Campeões, uma extinta taça UEFA, é a primeira edição da Liga Europa e é uma última edição da taça Intercontinental. “Só” isto, no meio de tubarões como Barcelona, Real Madrid, Bayern, Manchester, Chelsea, Milan, etc… Com todo o respeito, da história não reza quem perdeu finais (seja em penaltys ou ao cair do pano) ou chegou longe mas… ficou pelo caminho. Da história reza quem deixou o nome e insígnia cravado na lista dos campeões. E nós estamos lá, num passado relativamente recente e com vontade de o reescrever rapidamente.

    Ser Portista é não olhar o passado, é olhar o presente e ter os olhos postos no futuro, é ter sede de vencer e vontade de encontrar forças contra tudo e contra todos, custe o que custar.

    Paralelamente, não posso deixar de saudar aquele que é, a par de Quaresma, a maior lenda do plantel azul-e-branco: Helton. O brasileiro, depois de ter “anunciado” fim de carreira devido à grave lesão, atestou aquilo que acima disse: encontrou forças onde elas não existiam e fez uma exibição “à Helton”. Remou contra tudo e contra todos e só não defendeu o penalty (“penalty”…) superiormente marcado por pura infelicidade. Foi o espelho guerreiro de uma equipa de operários que foi forçada a trabalhar o dobro. Espero que a exibição de ontem volte a colocá-lo como número 1 da baliza azul-e-branca, não porque Fabiano esteja mal, mas sim porque Helton é a nossa alma, e enquanto estiver apto, será sempre o eterno número 1.

    Hoje acordei com orgulho de ser Portista, mais do que qualquer outro dia… E tu, amigo portista, como te sentiste?

    Foto de Capa: Facebook de Helton

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