O Estádio do Dragão faz este sábado 10 anos de existência. Na última década, o novo palco azul e branco foi palco de inúmeras conquistas a nível nacional e internacional.
16 de Novembro de 2003: uma nova página na história do Futebol Clube do Porto começava a ser escrita. Foi naquela noite fria de outono que o Mundo pode contemplar a obra assinada pelo arquiteto Manuel Salgado. Presente no horizonte da zona oriental da cidade invicta, o Estádio do Dragão, com a sua estrutura delicada e imponente, grandiosa e envolvente, era o reflexo de um novo capítulo na história azul e branca. Com um custo de 98 milhões de euros, o Dragão potenciava-se agora como estádio de destaque a nível nacional e internacional, num espaço onde todas as comodidades estavam presentes. A poucos metros de distância, o velhinho Estádio das Antas, palco de inúmeras vitórias e emoções, deixava saudades à plateia portista.
No espetáculo de inauguração do novo anfiteatro do FC Porto, Luís de Matos fez as delícias dos 52000 espetadores presentes no Dragão. Ao aparecer vindo de helicóptero a pairar nos céus do Porto, o mágico encheu a noite do Dragão com inúmeras surpresas. Como anfitriões, os portistas, que haviam vencido a Taça UEFA na época anterior ao leme de José Mourinho, recebiam o FC Barcelona, que neste jogo via estrear aquela que é já uma das maiores figuras de sempre do futebol mundial: Lionel Messi. Com golos de Derlei e Hugo Almeida, o FC Porto conseguia a primeira de muitas vitórias na sua nova casa. Dez anos depois, o Estádio do Dragão tornou-se uma autêntica fortaleza para os azuis e brancos, que já conquistaram entretanto diversos títulos a nível nacional e internacional, entre os quais 8 campeonatos nacionais, 1 Liga dos Campeões, 1 Liga Europa e 1 Taça Intercontinental.
De Mourinho a Villas Boas, passando por Jesualdo e Vitor Pereira, foram vários os protagonistas da “cadeira de sonho” do Dragão, como lhe chamava o agora técnico do Tottenham. Hulk e Falcao, João Moutinho, Lucho, Deco ou Vítor Baía, todos os protagonistas destes 10 anos de Dragão tiveram em comum um verbo: ganhar. De facto, o Estádio do Dragão tornou-se um salão de festas para os portistas.
Nas páginas do livro do novo palco de emoções portistas, as vitórias como as frente ao Manchester United, em Fevereiro de 2004 (1ª mão dos oitavos-de-final da Liga dos Campeões que o FCP ganhou nesse ano); ao Benfica por 5-0, em Novembro de 2010; ao Villareal por 5-1, nas meias-finais da Liga Europa em 2010-2011, e o 2-1 em Maio passado, frente ao Benfica, na penúltima jornada do campeonato, com o célebre golo de Kelvin são apenas palavras soltas de um enorme texto pintado a azul e branco e rubricado com o selo do Dragão. 10 anos mais tarde, o Estádio tem agora uma nova companhia, o museu do Futebol Clube do Porto, onde a família azul e branca pode contemplar a história daquele que já é o clube português com mais títulos conquistados. Por entre concertos dos Coldplay, Muse e Rolling Stones, e jogadas de estrelas como Messi e Cristiano Ronaldo, o Dragão é sinónimo de conquistas, de vitórias e de emoções. Em poucas palavras, o Dragão tem sido sinónimo de FC Porto.