FC Porto 1-1 SL Benfica: Falta de ambição paga-se cara!

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    Um jogo de importância elevada nas aspirações dos azuis e brancos para conquistarem o Campeonato Nacional. Este campeonato foge-lhes há três anos, algo que os adeptos, assim como a estrutura, querem que acabe.

    O FC Porto a apresentar-se com uma alteração face ao onze que defrontou o Club Brugge, com a saída de Herrera e a entrada de Jesús Corona. Por outro lado, o SL Benfica a apresentar o onze esperado, com as entradas forçadas de Eliseu e Samaris para os lugares de Grimaldo e Fejsa.

    Este jogo era fundamental para as aspirações portistas na luta pelo título nacional e também para a dose de moral que daria a esta equipa, que seria fundamental para o desenrolar da época. O primeiro remate do jogo surge ao minuto 5 por intermédio de André Silva, o aniversariante do dia. O FC Porto apresentava maior caudal ofensivo, com dois remates num curto espaço de tempo.

    Um jogo com um período de várias peripécias, com Ederson Moraes a vomitar, Luisão a sair muito precocemente por lesão e os encarnados a depararem-se com mais uma contrariedade. Os jogadores do FC Porto mostravam agressividade no momento da recuperação de bola (no bom sentido), o que dificultava os momentos de posse do Benfica. O FC Porto continuava a criar oportunidades com uma aproximação perigosa à baliza ao minuto 14 e ao minuto 19 por Danilo Pereira. Ao minuto 22, aproveitando um mau alívio da defesa dos encarnados, André Silva dispara de primeira, com a bola a passar junto ao poste da baliza defendida por Ederson, que estava batido. Os dragões demonstravam superioridade no jogo com várias oportunidades. O caudal ofensivo continuava com uma oportunidade clara de Corona, desmarcado por Óliver Torres, defendida por Ederson. Ao minuto 28, mais uma oportunidade desperdiçada, por Diogo Jota, após uma boa transição ofensiva, com um remate à figura do guarda-redes encarnado.

    Ao minuto 32, o Benfica chegou com perigo à baliza, após uma boa incursão no ataque de Nélson Semedo, com a defesa portista a aliviar a bola, afastando o perigo. Nélson Semedo era o maior criador de perigo do Benfica, desequilibrando no 1×1 e abrindo espaço para os seus colegas rematarem, dando, desta vez, oportunidade a Gonçalo Guedes de rematar, mas por cima da baliza de Casillas. O FC Porto pressionava alto, com o SL Benfica a sair para o ataque através de transições, não conseguindo sair em ataque organizado. Ao minuto 44 surge a melhor oportunidade para o SL Benfica, num canto marcado por Pizzi e com Felipe a enviar a bola ao poste da sua própria baliza. Soava o apito de Artur Soares Dias, com o FC Porto a mostrar que vinha para este jogo ganhar, criando oportunidades para estar na frente do marcador, mas sem conseguir concretizar as chances de que dispôs. O SL Benfica apostou, na primeira parte, num jogo de contenção e nas saídas em ataque rápido, sobretudo através de Nélson Semedo, que utilizava a sua velocidade como maior arma. A segunda parte prometia e faltavam os golos neste jogo. Nota positiva para Artur Soares Dias nesta primeira parte, sem erros de maior e a tentar passar despercebido no jogo.

    Na segunda parte, a toada de jogo manteve-se com o FC Porto a pressionar mais alto, algo que culminou numa boa primeira parte e num bom início de segunda, com o golo de Diogo Jota, aos 50 minutos, a passe de Corona (Ederson mal batido neste golo). O FC Porto continuava a mandar no jogo e a ganhar duelos a meio-campo, com a segunda bola a ficar sempre na posse dos azuis e brancos, demonstrando entendimento do jogo e maior agressividade na recuperação de bola. O SL Benfica, a partir do golo azul e branco, conseguiu ter mais posse de bola, com Samaris a testar Casillas com um excelente remate à entrada da área portista. A partir daqui, e fruto do resultado desfavorável, os encarnados assumiram mais o jogo e o FC Porto esperava pelo adversário. Corona sairia para o lugar de Rúben Neves, mostrando que era necessário segurar a bola, acalmar o jogo e conferir maior tranquilidade no momento da gestão da posse. A seguir, tira Óliver Torres (e que grande jogo fez Óliver Torres) e coloca Layún, para ter um elemento mais defensivo a meio-campo, mas com capacidade de arrastar jogo consigo. A troca mostrou-se assertiva, com a equipa orientada por NES a conseguir colocar um travão nas investidas de Nélson Semedo e controlar as faixas laterais, mas a demonstrar falta de ambição neste clássico.

    Rui Vitória, no banco do Benfica, retirou Cervi, que apesar do seu virtuosismo não acrescentou muito ao jogo encarnado, colocando André Horta, um jogador mais cerebral e com maior qualidade de passe. De seguida, passados sensivelmente 14 minutos (a primeira substituição decorreu ao minuto 59 e a segunda ao minuto 73), retira Salvio e coloca Jimenez para ter mais presença na área mas retirando largura à equipa. Herrera entraria para o lugar de Diogo Jota, dando, num alívio sem nexo, o canto para o golo de Lisandro, após assistência de André Horta, e beneficiando uma equipa que pouco fez para conseguir obter este resultado. Nuno Espírito Santo pagou pela sua falta de ambição, ao retirar os avançados e colocar jogadores de meio-campo para conter o jogo, que em nada estava decidido e que podia, perfeitamente, ter procurado o segundo golo, porque o Benfica não estava a criar oportunidades na baliza de Casillas. A equipa orientada por Nuno Espírito Santo sofre um golo ao minuto 90, o que não transmite a verdade do jogo, mas futebol é isto e os portistas sabem como o minuto 90 e os seguintes são importantes no desfecho de um jogo.

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    Telmo Martins
    Telmo Martinshttp://www.bolanarede.pt
    Eterno apaixonado por futebol, tem no Porto a sua eterna paixão. A atualidade desportiva faz parte da sua génese, lendo desde muito novo os jornais desportivos cuja leitura o avô lhe incutia. Vê jogos de futebol com o seu pai desde os três meses de idade (de pequenino é que se torce o pepino). Joga futebol e futsal com os amigos sempre que pode. Tem também pelo ciclismo um apreço especial. Fora de Portugal é adepto incondicional do Tottenham Hotspur e do Real Madrid.                                                                                                                                                 O Telmo escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.