Está a aproximar-se do final mais uma época futebolística e, para o FC Porto, esta parece tratar-se de mais uma temporada na qual o clube não conquistará qualquer título. Dez (10) de agosto de 2013 marca a última vez na qual os azuis e brancos ergueram um troféu (Supertaça Cândido de Oliveira); daí até agora a realidade é a de um longo jejum que já se arrasta há quase quatro anos, algo que num passado recente se trataria de um cenário impensável para qualquer adepto do FC Porto.
Chegados tão próximo do final da época importa olhar para o passado e para o futuro e colocar duas questões fulcrais: 1) o que falhou?; 2) o que urge mudar? As questões são relativamente óbvias, mas as respostas carecem de uma reflexão mais aprofundada. Começando pelo que falhou, parece claro que o principal erro no planeamento da época desportiva esteve na escolha de Nuno Espírito Santo para ocupar o cargo de treinador do FC Porto. Nuno trouxe à equipa uma atitude dentro de campo que há muito não se via; porém, nunca mostrou ser capaz de aliar essa atitude dos futebolistas à qualidade dos processos. O treinador dos azuis e brancos adotou sempre uma postura extremamente conservadora (dentro e fora das quatro linhas) e, no que se refere ao modelo de jogo do FC Porto, pareceu nunca ser capaz de apresentar ideias bem definidas.
Olhando atentamente para as individualidades do FC Porto facilmente se compreende que não foi aí que a época dos azuis e brancos falhou. A atitude dos futebolistas foi sempre extremamente digna, estes sempre foram cumprindo com aquilo que, claramente, eram as instruções do seu treinador e, no cômputo geral, o plantel do FC Porto é composto por futebolistas com muita qualidade, como Iker Casillas, Marcano, Danilo, Rúben Neves, João Carlos Teixeira, Óliver Torres, Brahimi, Corona, Otávio, Diogo Jota, ou André Silva. Assim sendo, não restam dúvidas daquele que foi o elo mais fraco na temporada dos dragões, dando este pelo nome de Nuno Espírito Santo.