FC Porto 3-2 CF União: Mais do mesmo

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    Após mais um resultado negativo para a turma de Peseiro, o FC Porto recebeu no Dragão um União da Madeira pressionado e a precisar de ganhar pontos. Os azuis e brancos alinharam novamente com uma defesa remodelada com a inclusão de Chidozie e de José Angel, estando Layún a ocupar a zona central da defesa ao lado do jovem nigeriano. Do lado dos Dragões, destaque também para a titularidade de Aboubakar e de Sérgio Oliveira. Na equipa insular, Norton de Matos também promoveu várias alterações no seu onze inicial face ao último jogo contra o Belenenses, nomeadamente a inclusão de Ricardo Campos, Diego Galo, Tiago Ferreira, Toni Silva e Miguel Cardoso.

    O FC Porto entrou muito forte no início do jogo e tentou dar uma boa amostra ao pouco público que afluiu ao Dragão. O conjunto de Peseiro investiu muito numa troca de bola rápida e numa ligação forte entre o seu jogo interior e as suas alas. Já a equipa da Madeira tentou defender bem nos minutos iniciais e tentou aproveitar a velocidade dos seus avançados de maneira a procurar alguma descompensação da defesa portista. O FC Porto assumiu-se como dono e senhor do jogo desce cedo, pressionando bem e recuperando a bola depressa, mas não conseguiu criar um único lance de verdadeiro perigo. Depois de chegar várias vezes à área do União FC sem concretizar, os Dragões adiantaram-se no marcador aos 25´. Grande passe de Sérgio Oliveira a desmarcar Maxi e o uruguaio em esforço serviu Aboubakar para o primeiro golo da noite.

    Aboubakar após ter inaugurado o marcador Fonte: FC Porto
    Aboubakar após ter inaugurado o marcador
    Fonte: FC Porto

    O União tentou responder e chegou pela primeira vez à baliza de Casillas aos 34´, com um remate forte em arco defendido pelo guardião espanhol. Depois dessa oportunidade, o FC Porto procurou chegar ao 2-0 através da procura constante de desmarcações que descompensavam a equipa insular. Foi numa dessas desmarcações que proporcionaram uma grande oportunidade a Aboubakar, aos 36´. O camaronês esteve muito mal na finalização ao tentar fazer um chapéu que saiu horrível e acabou nas mãos de Ricardo Campos. Ao acabar a primeira parte o guarda-redes do União FC fez outras duas boas intervenções que negaram o segundo golo dos Dragões: a primeira a um cabeceamento de Herrera e a segunda a um remate de longe de Rúben Neves. Já no último minuto da primeira parte, a defesa azul e branca voltou a tremer como tantas vezes neste campeonato e Miguel Cardoso teve o empate nos pés, mas exagerou com fintas e acabou por perder a bola.

    O resultado no final da primeira colocava os Dragões na liderança de forma justa, mas também colocava pressão em cima da equipa para o segundo tempo. O União FC teria que se aventurar mais na segunda parte para chegar ao empate e sair com algum ponto da cidade do Porto.

    A segunda parte começou de forma idêntica à primeira. O FC Porto entrou forte e com vontade de ter o controlo do jogo através da posse de bola e só foram precisos seis minutos para se gritar golo no Estádio do Dragão. Herrera recebeu a bola já dentro da grande área do União FC, tirou um adversário da frente e fez um remate em arco que só parou no fundo das redes da equipa insular.

    Norton de Matos quis mudar o rumo dos acontecimentos e fez entrar dois jogadores ofensivos nos primeiros quinze minutos: o goleador máximo da equipa Danilo Dias e o jovem venezuelano Cádiz. Já a equipa azul e branca não queria ficar por aqui e continuou a encostar o União FC à sua área. Para isso, a grande qualidade na troca da bola que os Dragões apresentaram foi crucial.  Mas a defesa do Porto continuou a mostrar as suas debilidades ao permitir que um cruzamento de Cádiz oferecesse mais um golo no campeonato a Danilo Dias. Estava feito o primeiro golo do conjunto de Norton de Matos que colocava muita pressão em cima dos jogadores do FC Porto e muitos nervos nos adeptos.

    Herrera quis responder de imediato ao golo sofrido aos 62´ e num lance rápido de contra-ataque desperdiçou uma grande oportunidade que dava outra tranquilidade aos Dragões. O jogo tornou-se mais aberto na última meia hora de jogo uma vez que o União FC procurava o empate e a equipa da Invicta ambicionava o terceiro golo. Foi a equipa da Madeira que chegou ao empate apenas cinco minutos depois de ter reduzido a desvantagem. Cádiz aproveitou mais uma descompensação da defesa azul e branca e apesar de ter feito um remate torto, a bola sobrou para Danilo Dias que, mesmo em cima da linha de golo, empatou o jogo provocando uma grande revolta no público do Dragão.

    Peseiro apostou na entrada de Suk para tentar chegar novamente à liderança do marcador e, nos últimos vinte minutos do jogo, o FC Porto encostou mais uma vez a equipa insular à sua grande área. Enquanto que os assobios e a onda de negativismo do costume assombravam as bancadas do Dragão, Corona rematou fortíssimo para o fundo da baliza de Ricardo Campos, dando vantagem à equipa do Porto aos 87´. Já em cima dos 90´, Brahimi teve nos pés a hipótese de matar o jogo com um remate forte de fora de área que foi defendido pelo guarda-redes da equipa visitante. No tempo de compensação, Marega entrou e Francisco Ramos estreou-se com a camisola principal do FC Porto, ajudando a equipa a defender um resultado que foi mais difícil de alcançar do que aquilo que se esperava.

    A equipa de arbitragem liderada por Manuel Oliveira teve bem durante o jogo e só foi alvo de críticas num lançamento dado aos Dragões, uma vez que esse lançamento devia ter sido dado ao União FC. Na sequência do lance, o FC Porto fez o terceiro golo.

    A Figura:

    Norton de Matos –  Apesar do resultado, o treinador lisboeta fez com que o União FC jogasse bom futebol e conseguisse discutir o resultado até ao fim depois de ter estado a perder por dois golos. Acertou em cheio nas substituições que vieram a dar o empate à equipa Insular.

    O Fora-de-Jogo:

    A Defesa do FC Porto – Layún não é central, José Angel não é um jogador com nível para jogar no FC Porto e Chidozie ainda está muito verde para ser uma aposta credível. Mais uma vez a defesa dos Dragões voltou a tremer e a errar. Mas engane-se quem diz que a culpa é só da defesa. Muita falta de planeamento e muitas más decisões na gestão são os verdadeiros responsáveis por este fora-de-jogo semanal.

    Foto de Capa: FC Porto

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    Rafael Velho
    Rafael Velhohttp://www.bolanarede.pt
    O Rafael é estudante de Jornalismo e Comunicação e é observador assíduo da Premier League e da liga mais espectacular do mundo que é a NBA. Chora e vibra pelo Porto e o seu maior talento é ser treinador de bancada. Dentro dos pavilhões assume-se como um adepto dos LA Lakers desde que se apaixonou pela beleza do Basquetebol.                                                                                                                                                 O Rafael escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.